O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, reconheceu a superioridade do Bayern de Munique no confronto de semifinais da Liga das Campeões e, em entrevista coletiva na quarta-feira (1º), se recusou a falar em mudanças no elenco para a próxima temporada.
“As mudanças são feitas no final da temporada, e ainda estamos em plena competição. Agora é preciso seguir em frente até que ela acabe e, quando acabar, será o momento de analisar e ver o que fazemos”, declarou Rosell ao “Canal Plus”.
O presidente do clube catalão destacou a presença do Barcelona em todas as últimas seis semifinais de ‘Champions’, com dois títulos, e considerou exagerado o placar agregado do duelo com os alemães, de 7 a 0.
“Tenho que parabenizar o Bayern porque foi claramente superior a nós e merecidamente estará em Wembley. O placar foi elástico demais, mas isso não tira o reconhecimento de que foram melhores. Mas já estamos há seis anos em semifinais e não é fácil. Estou orgulhoso de nossos jogadores do que fizeram e se comportaram”, comentou.
O dirigente ainda reconheceu que a equipe sentiu falta de seu principal jogador, o argentino Lionel Messi, que teve que ficar no banco de reservas por não estar bem fisicamente. No entanto, ele fez questão de elogiar os atletas que estiveram em campo.
“Tito (Vilanova, técnico) disse que quando se tem o melhor jogador do mundo e ele não está jogando, percebe-se facilmente. Mas os demais deram a cara a tapa e estou orgulhoso de todos eles. Não só deles, mas também da comissão técnica e da torcida”, salientou o presidente do Barcelona, que preferiu não opinar se decisão de deixar Messi fora foi certa ou errada.
“São decisões técnicas e dos médicos. Se decidiram colocá-lo ou tirá-lo, foi uma decisão puramente técnica, e não tenho nada a dizer sobre isso”, esquivou-se.
Rosell, por outro lado, não fugiu da pergunta sobre o favorito à final do próximo dia 25. Para ele, o Bayern tem uma equipe melhor que a do Borussia Dortmund, que na terça-feira eliminou o Real Madrid. “O Bayern é a equipe mais forte que há na Europa e acho que vão vencer a final”, resumiu.
Para Rossel, o fato de, pelo segundo consecutivo, as duas principais equipes da Espanha terem sido eliminadas nas semifinais da Liga dos Campeões não representa um enfraquecimento do futebol do país.
“Não se pode afirmar isso, nem que façamos algo de errado. Duas dos quatro equipes foram da Espanha. Essa leitura têm que ser feita na Itália ou Inglaterra. Real Madrid e Barcelona enfrentaram adversários muito fortes. Não acho que o futebol espanhol tenha feito nada de errado. Ao contrário”, finalizou.