Cobrada por uma vitória diante de um campeão mundial, a Seleção Brasileira mostrou alívio com o placar de 3 a 0 contra a França no último domingo, na Arena Grêmio. Os jogadores acreditam que o resultado diminuirá a pressão em cima de um time que, no atual ciclo para a Copa do Mundo de 2014, havia perdido para Alemanha, Argentina (duas vezes), França e Inglaterra.

Alguns jogadores experientes chegaram a comentar no período que a Seleção passou a ser alvo de gozações de rivais na Europa. O caso célebre é o do inglês Joey Barton, que entrou em um bate-boca público com o zagueiro Thiago Silva, um dos maiores defensores do regaste do orgulho e respeito da camisa verde e amarela.
“Com a qualidade que nós jogamos hoje, premiada com a vitória, ficamos um pouco aliviados. Nos tira a pressão de ganhar de uma grande equipe também. Com o nosso desempenho, o final não poderia ser diferente, ganhando de 3 a 0 e a equipe jogando bem”, disse Thiago Silva.
Já David Luiz ficou tão entusiasmado com a partida da Seleção que “gostaria que domingo fosse uma final de Copa do Mundo”, como em 1998, quando os franceses derrubaram o Brasil. O maior diferencial em relação a outros jogos, segundo a avaliação dele, esteve no resultado positivo que permitirá uma análise melhor do que deu certo.
“Este resultado nos dá uma grande confiança. Em um jogo como no Rio de Janeiro (contra a Inglaterra), quando a gente sai com empate, as pessoas falam ‘poxa, empatamos e não conseguimos fazer gol’. Se você não vence, a gente não entende tantas coisas positivas como a gente fez. Vimos que fomos muitos superiores, não conseguimos marcar mais, mas criamos muito mais oportunidades”, disse.
O goleiro Júlio César, no entanto, acredita que de nada adianta a vitória se o Brasil não der continuidade nos próximos jogos. O País estreia na Copa das Confederações no próximo sábado (15), contra o Japão, em Brasília.
“No futebol é tudo muito rápido. Sábado que vem já começa a Copa das Confederações, então não seria o momento ideal para falar que a pressão acabou. Futebol você sempre tem que ficar mostrando, então no sábado já começa outro torneio muito importante. Por ser uma competição oficial, com o grupo trabalhando junto”, disse.
A única voz destoante em relação ao impacto da vitória foi Neymar. O atacante disse que não liga para o que diziam da falta de uma vitória convincente da atual Seleção. “A gente não estava ligando para esse tabu, o importante era vencer o jogo para a gente mesmo”, afirmou.
Além do tabu, o Brasil convive com outro incômodo neste atual ciclo: a queda no ranking da Fifa. Neste caso, a vitória contra a França pouco mudará a situação do Brasil, atual 22º colocado. Impacto maior ocorrerá com uma campanha positiva na Copa das Confederações, que distribui mais pontos por ser uma competição oficial.
AGENDA – A Seleção Brasileira se reapresenta hoje (11), na hora do almoço em Goiânia, onde continuará os preparativos para a estreia na Copa das Confederações no sábado, dia 15, contra o Japão, em Brasília.
Hoje, depois da reapresentação, Felipão comandará um treino às 15 horas, na Serrinha. Amanhã, dia 12, o treino será às 9 horas, no Centro de Treinamento do Goiás, com viagem para a Brasília, às 15 horas, local da estreia na Copa das Confederações.
No domingo, dia 16, em voo fretado, a delegação segue de Brasília para Fortaleza, às 15 horas, ficando concentrada na capital cearense no Hotel Marina Park. Em Fortaleza, o Brasil enfrenta o México, no dia 19 de junho, às 16 horas, no Castelão.
No dia seguinte, 20 de junho, a delegação segue às 15 horas em voo fretado de Fortaleza para Salvador, onde ficará hospedada no Hotel Stella Maris. O primeiro treino será na sexta-feira, 21 de junho, às 17h30, na Fonte Nova.
No dia 22, a Seleção faz o terceiro jogo da fase de grupos, contra a Itália, em Salvador, às 16 horas. (Com informações do site CBF News.)