O desemprego se manteve em patamar baixo em maio, mas parou de cair. A taxa ficou estável em 5,8% no mês passado, a mesma apurada em abril. O resultado mostra que o mercado de trabalho está perdendo força neste ano.
O resultado ficou ligeiramente acima da expectativa do mercado, que estimou taxa de 5,7%. O percentual foi apurado de acordo com a média das previsões de 15 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Pro.
Em maio do ano passado, a taxa também havia ficado em 5,8%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O total de pessoas desocupadas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE –Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo– foi estimado em 1,4 milhão, tendo ficado estável em relação a maio de 2012 e ante abril deste ano.
Já o contingente de pessoas ocupadas nas principais regiões metropolitanas do país atingiu 23 milhões, número que também mostra estabilidade ante o mesmo mês do ano passado e em relação a abril.
Segundo o IBGE, o rendimento, estimado em R$ 1.863,60 no mês passado, apresentou expansão de 1,4% ante maio de 2012 e recuou 0,3% em relação a abril deste ano, sua terceira queda consecutiva nesse tipo de comparação.
MENOS FORÇA
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em 53,8% em maio nas seis regiões pesquisadas, abaixo dos 54,2% registrados no mesmo mês do ano passado. Em abril, estava em 53,6%.
Para Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, esse indicador mostra como o mercado de trabalho está perdendo força em 2013.
“Na comparação anual, aumentou a população ocupada, mas o emprego não está crescendo”, afirma. Foi a segunda queda consecutiva nesse tipo de comparação.
SETORES
De abril para maio, o emprego foi considerado estável em todos os setores da economia.
Na indústria, a taxa foi de 16% para 16,1%, enquanto, na construção, passou de 7,7% para 7,9%; no comércio foi de 18,9% para 18,5% e, entre os serviços prestados às empresas, foi de 16,2% para 16,3%.
Outros setores que ficaram estáveis na comparação mensal foram educação, saúde e administração pública (de 17% para 16,3%), serviços domésticos (de 6,1% para 6,8%) e outros serviços (de 17,7% para 17,6%). O IBGE considera essas variações estatisticamente como estáveis.
TAXA DE DESOCUPAÇÃO POR REGIÃO, EM %
Região Metropolitana | Mai.2013 | Abr.2013 | Mai.2012 |
---|---|---|---|
Salvador | 8,4 | 7,7 | 8,0 |
Belo Horizonte | 4,3 | 4,2 | 5,1 |
Recife | 6,1 | 6,4 | 5,9 |
Rio de Janeiro | 5,2 | 4,8 | 5,2 |
São Paulo | 6,3 | 6,7 | 6,2 |
Porto Alegre | 3,9 | 4,0 | 4,5 |
Total | 5,8 | 5,8 | 5,8 |
RENDIMENTO MÉDIO POR REGIÃO, EM R$
Região Metropolitana | Mai.2013 | Abr.2013 | Mai.2012 |
---|---|---|---|
Salvador | 1.430,70 | 1.436,70 | 1.484,04 |
Belo Horizonte | 1.846,70 | 1.834,11 | 1.826,78 |
Recife | 1.305,80 | 1.385,80 | 1.355,55 |
Rio de Janeiro | 1.972,00 | 1.969,65 | 1.914,04 |
São Paulo | 1.988,10 | 2.001,29 | 1.958,17 |
Porto Alegre | 1.808,70 | 1.786,65 | 1.727,97 |
Total | 1.863,60 | 1.869,87 | 1.838,20 |