Decisivo na vitória sobre o Uruguai, ao defender um pênalti no início do jogo, Júlio César revelou nesta quinta-feira a conversa que teve com Diego Forlán. O uruguaio cobrou a penalidade no canto esquerdo do goleiro.

“Eu joguei com ele na Inter. Fiz uma brincadeira com o Forlan. Disse que ele ia bater forte no meio. Acho que ele acabou se entregando, porque deu uma risadinha. Tirei uma opção dele. Foi mais uma coisa para desestabilizar ele”, contou Júlio César.

O goleiro disse que a sensação de defender o pênalti é semelhante à que os jogadores de linha sentem ao marcar um gol.

“É o auge. Ouvi o Mineirão comemorando. Uma explosão. Você se sente o Fred, o Neymar”, disse o goleiro. 

O Brasil venceu a partida por 2 a 1 e garantiu a vaga para a final da Copa das Confederações, neste domingo, no Maracanã.

Na entrevista coletiva desta quinta-feira, o goleiro revelou também que os jogadores ficaram sabendo dos protestos em Belo Horizonte antes do jogo começar.

“Nós ficamos sabendo, sim. Mas a gente pensou em somente focar na partida. Sabe que o Brasil está atravessando de manifestações. Isso acaba tirando muito o foco da Copa das Confederações. Nós temos que estar preocupados no nosso trabalho. Conversamos sobre o que vem acontecendo no nosso país. Virou debate sobre tudo isso que vem acontecendo. O que a gente torce é para que seja resolvido. Começou como algo pacífico, mas agora tem violência, queima carro, invasões”, disse o goleiro.

A decisão será contra o vencedor de Itália e Espanha. Júlio César diz não ter preferência por um rival.

“Meus amigos gostariam de ver Brasil e Espanha. Ainda não teve esse encontro. Apesar de alguns de acharem que a Itália vai ganhar”, disse o goleiro.

“E não tenho preferência. A duas seleções merecem nosso respeito. Nunca joguei contra a Espanha. Joguei contra a Itália diversas vezes”, completou.