Luiz Felipe Scolari afirmou recentemente à “Folha de S. Paulo” que volantes ofensivos são bonitos apenas para a imprensa. No último domingo, porém, mais uma vez, os responsáveis pela posição na seleção brasileira provaram o contrário ao técnico.

Paulinho e Hernanes contrariaram o desejo de Felipão de ter homens mais fixos de marcação e ajudaram bastante o ataque da seleção no empate por 2 a 2 contra a Inglaterra.

Enquanto o corintiano marcou o gol de empate e evitou uma possível derrota na reinauguração oficial do Maracanã, Hernanes iniciou o lance que terminou no primeiro gol da seleção brasileira, marcado por Fred. O volante finalizou com categoria no travessão, e o atacante tricolor aproveitou o rebote para balançar as redes.

Não bastasse a participação direta nos dois gols, Paulinho e Hernanes ainda viram as estatísticas esvaziarem o discurso de Felipão. Ambos só ficaram atrás de Neymar em números de finalizações.

Segundo números do Datafolha, Hernanes finalizou cinco vezes e Paulinho chutou a gol em três oportunidades. Neymar, líder no quesito, tentou as redes adversárias em sete lances.

Durante dez minutos do jogo deste domingo, o time de Felipão chegou a ter três volante atuando no time. Fernando, Paulinho e Hernanes jogaram juntos no segundo tempo. O técnico, porém, disse que gostou mais da formação na primeira etapa, quando teve Luiz Gustavo e Paulinho, com Oscar e Hulk no meio-campo, escalação que deve repetir na partida do próximo domingo, contra a França, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.