Um dia depois de uma série de confrontos deixar dez mortos na Maré, zona norte do Rio, a polícia admitiu que ao menos três vítimas eram inocentes. Um sargento do Bope também foi morto na ação.

Nesta quarta-feira (26), moradores do conjunto de favelas se reuniram com a cúpula da PM para denunciar supostos “exageros” de policiais militares nas operações no complexo.

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A associação de moradores da Maré e representantes das ONGs Redes Maré e Observatório das Favelas participaram do encontro com a PM, no COE (Comando de Operações Especiais), na avenida Brasil, altura da Ilha do Governador, zona norte. A imprensa não pode participar da reunião.

Até o início da tarde, a Folha tentou contato com os moradores, mas não obteve resposta. A PM também não passou retorno sobre o assunto.

PROTESTOS

Por volta das 11h, cerca de 40 médicos, enfermeiros e agentes da área da saúde fecharam uma pista da avenida Brasil, sentido centro, altura do Hospital Geral de Bonsucesso, para fazer um protesto contra a privatização dos hospitais federais do Rio. Por volta do meio-dia, a via foi liberada.

Outro protesto, em frente à Secretaria de Segurança Pública, reuniu alguns moradores da Maré contrários às últimas ações da Polícia Militar no conjunto de favelas. As manifestações foram pacíficas, sem tumultos.