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Depois de entidades médicas anunciarem ações judiciais contra o Mais Médicos, o governo desencadeou uma verdadeira contraofensiva em favor do programa.
Ontem, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) esteve com gestores locais no Pará e no Maranhão para alavancar a adesão dos municípios ao programa, que pretende levar milhares de médicos para o interior e as periferias, pagos pelo governo federal.
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A ministra Eleonora Menicucci (Mulheres) esteve em Curitiba, ontem, com essa mesma finalidade.
A previsão é que, hoje, a ministra esteja em Porto Alegre, Padilha vá a Manaus e outro representante da Saúde viaje a São Paulo.
Em paralelo, a AGU (Advocacia-Geral da União) formou um grupo de trabalho para monitorar ações judiciais e repassar a juízes os argumentos do governo.
Na sexta-feira, quatro entidades médicas anunciaram que deixarão comissões na esfera federal. No domingo, o CFM (Conselho Federal de Medicina) anunciou uma ação na Justiça para tentar suspender o programa.
Médicos e faculdades de medicina do país criticam a dispensa pelo programa da revalidação do diploma dos profissionais estrangeiros participantes e o fato de as mudanças terem sido feitas via medida provisória, sem amplo debate.
À Folha o ministro Luís Inácio Adams (AGU) afirmou que o programa é um “processo absolutamente legítimo e correto” e defendeu que há relevância e urgência no tema, o que justifica a opção por uma medida provisória.
“Vamos unir todos os setores da AGU, de forma a articular nossas ações para lidar com essas demandas em diversas esferas. A gente tem visto uma ação política, eu diria predatória, para desestabilizar o programa”, afirmou Adams, citando as mensagens divulgadas nas rede sociais com orientações para um boicote às inscrições.
Até quinta-feira, 13.857 médicos e 1.221 cidades se inscreveram no edital para a distribuição dos médicos. O processo vai até dia 25.
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