A Copa das Confederações do Brasil recebeu uma nota entre 8 e 10 da Fifa. A avaliação foi divulgada nesta segunda-feira pelo presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, e o secretário-geral Jérôme Valcke, em entrevista coletiva de encerramento do torneio, no Rio de Janeiro. Segundo eles, apesar do torneio não ter sido perfeito e o ambiente social não ter sido dos melhores, a competição foi bem sucedida.

“Quando eu estava na faculdade, na conclusão do curso, para ser aprovado, era preciso ter ao menos uma média 8. Não sei dizer uma nota agora, mas o Brasil vai ser aprovado”, afirmou Blatter, quando questionado sobre que nota daria ao evento. “Vou embora feliz.”

Logo após de Blatter, Valcke fez um pronunciamento aos jornalistas. Disse que nenhum problema comprometeu a competição e ratificou a nota de Blatter. “Posso dizer que a Copa das Confederações foi 80%. Isso é bom para uma competição-teste.”

O presidente do COL (Comitê Organizador Local), José Maria Marin, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também participaram da entrevista coletiva. Rebelo, inclusive, fez uma observação a Blatter antes de o cartola avaliar o torneio brasileiro: “o teste no Brasil foi mais difícil do que outros”, disse ele, lembrando que a Copa das Confederações do Brasil ocorreu durante uma série de conflitos em ruas de cidades do país.

Depois, Rebelo também fez sua própria avaliação sobre a Copa das Confederações. Afirmou que a competição foi bem sucedida, mas não foi 100%, como todo grande evento esportivo realizado no mundo. “Creio que cumprimos esse desafio.”

Segundo Rebelo, foi “um grande esforço” para o Brasil realizar a Copa das Confederações. Correu para entregar seis arenas a tempo, garantir o transporte para torcedores e jogadores e até a segurança das delegações. Tudo isso, disse o ministro, foi providenciado a contento.

Na entrevista de encerramento da Copa das Confederações, governo, Fifa e o COL passaram a mensagem que todos os problemas observados foram menores: limpeza nos banheiros de estádios, dificuldades na retirada de ingressos e falhas pontuais no sistema de transporte público de algumas cidades-sede (confira lista abaixo). Em um discurso afinado, os representantes dos órgãos disseram que tudo está no caminho certo para 2014, quando o Brasil receberá a Copa do Mundo.

“A gente está se preparando. Somos chatos. Vamos fazer melhor em 2014”, disse o diretor geral do COL, Ricardo Trade.

Confira os problemas apontados pelos organizadores:

Limpeza dos banheiros dos estádios
Para o COL, os sanitários podem estar mais limpos do que estiveram durante a Copa das Confederações

Tecnologia e Comunicação
Os serviços de telefonia celular, principalmente, estiveram abaixo do esperado pela organização

Sistema de controle de acesso eletrônico
Em alguns estádios, as roletas eletrônica não funcionaram e o acesso de torcedores foi controlado manualmente

Campos de treinamento
O COL reconheceu problemas com o acesso dos campos de treinamento de seleções em Recife

Sinalização
As placas nas cidades-sede e dos estádios da Copa das Confederações precisam melhorar para 2014

Voluntários precisam falar inglês
Na Copa do Mundo, o COL quer mais voluntários fluentes na língua estrangeira

Centro de ingressos
O sistema de retirada de ingressos decepcionou e mais postos para retirada devem ser criados

Saída dos estádios
O COL quer que torcedores saiam mais lentamente dos estádios e pretende criar atrações para retê-los nas arenas após os jogos