A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (10), em Brasília, investimentos da ordem de R$ 3 bilhões para prefeitos de todo o país. O anúncio foi feito em evento da 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que reúne cerca de 3.000 prefeitos.
A presidente foi vaiada novamente hoje após ignorar gritos vindos da plateia sobre o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Ontem, em encontro dos prefeitos, Dilma foi vaiada por não ter comparecido ao evento. No ano passado, a presidente também foi vaiada na Marcha dos Prefeitos.
De acordo com Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios, os prefeitos queriam um repasse do FPM da ordem de R$ 6 bilhões, mas, como a presidente anunciou R$ 3 bi, ficaram insatisfeitos e vaiaram.
Dos R$ 3 bilhões, metade será liberada em agosto deste ano, e o restante, em abril do ano que vem.
O governo anunciou ainda a construção de 6.000 postos de saúde, 225 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e 2.000 creches pelo país. Para a saúde, Dilma anunciou mais R$ 600 milhões por ano para o Piso de Atenção Básica (PAB) e voltou a falar sobre o Pacto pela Saúde, que levará mais médicos para as periferias das grandes cidades e os pequenos municípios, além de disponibilizar recursos para a construção, reforma e compra de equipamentos para postos de saúde, UPAs e hospitais.
“O governo federal é parceiro dos municípios para encarar os problemas e buscar soluções”, disse a presidente. “Nós sabemos que aqueles que foram para a marcha [protestos] e aqueles que não foram, todos eles querem uma mesma coisa: melhores serviços públicos”, declarou.
A presidente disse ainda que é necessário reforçar o pacto entre o governo federal e os municípios. Ela citou alguns programas federais que são realizados em parceria com as cidades. “O Brasil não poderia executar o Bolsa Família se não tivesse a participação dos prefeitos. Várias outras atividades nós só poderemos avançar se tivermos essa parceria’, disse.
Dilma afirmou ainda que o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que já entregou 1,6 milhão de moradias em todo o país, será estendido a todas as prefeituras. “Nós não vamos mais deixar que haja seleção, todos os municípios podem executar o programa Minha Casa Minha Vida.”