Um grupo de 2.000 manifestantes realizou, no começo da tarde desta quarta-feira (28), um protesto em frente ao portão dois do Palácio dos Bandeirantes, na região do Morumbi, em São Paulo. Eles pediam mais moradias à população carente.

Durante a manhã, três grupos partiram de pontos distintos da cidade, como o Parque do Povo, Largo da Batata e praça Arthur Andrade Filho com destino a sede do governo paulista. Pelo caminho, o grupo bloqueou diversas vias, como as avenidas Cidade Jardim, Oscar Americano e Morumbi.

Enquanto os manifestantes seguiam em caminhada pelas ruas da capital, um grupo de 13 pessoas se reuniu com o governador do Estado, Geraldo Alckmin e entregou a pauta de reivindicações. “A conversa foi positiva, mas eles [governo] precisam fazer cumprir as promessas feitas. Nós queremos estabelecer um bom relacionamento com o governo”, disse Felícia Mendes Dias, membro da Frente de Luta por Moradias, que participou da reunião que contou com a presença também do secretário de estado da Habitação, Sílvio França Torres.

Segundo ela, uma nova reunião foi marcada para o final de outubro. Felícia espera que até lá o governo estadual suspenda todas as reintegrações de posse em São Paulo, que o governo local amplie a parceria com o governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida e que o teto de financiamento do programa de moradias do CDHU passe de R$ 90 mil para R$ 150 mil.

O ato foi orquestrado pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana que é uma articulação de organizações brasileiras, que reúne movimentos populares, associações de classe, ONGs (organizações não governamentais) e instituições de pesquisa defensoras e promotoras do direito à cidade.

Além do protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes, um grupo de 50 pessoas se reuniu na praça da Sé, no centro de São Paulo e seguiu, em passeata, até a Prefeitura de São Paulo, onde realizaram um ato também pedindo moradias.