Em participação no 3º Fórum Nacional do Esporte, promovido pelo grupo de líderes empresariais brasileiros denominado Lide, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, voltou a negar que será candidato a reeleição na próxima escolha do mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro. Entretanto, Marin exigiu “continuidade” ao próximo dirigente responsável por comandar a entidade.
“Não serei candidato, mas participarei ativamente da eleição, a situação terá seu candidato e vou lutar por ele… Esperamos apenas que o sucessor dê continuidade ao nosso trabalho e dê continuidade aos compromissos assumidos com os demais presidentes das federações e clubes do Brasil”, disse o atual presidente da CBF.
Na reeleição da entidade, o principal candidato especulado para a sucessão de José Maria Marin é o atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo del Nero. Entre a oposição um nome forte é o do ex-presidente corintiano e ex-dirigente de Seleções, Andrés Sanchez.
Sob o olhar dos principais líderes empresariais do Brasil e de diversas personalidades do esporte, o chefe da instituição que rege o futebol nacional tratou de lembrar que as receitas da CBF cresceram nos últimos anos, mas alegou que os gastos para “fomentar” o futebol brasileiro também têm crescido – elogiou até mesmo a Série D, criticada por ser abandonada.
“Aumentamos a receita em muito, mas também as despesas. Reformamos a Granja Comary, criamos a Série D do Brasileiro. Damos passagem aérea, hotel, comida, arbitragem e 14 bolas novas, 7 para cada agremiação. É seriamente disputada. Não é uma troca de favores ou voto, nenhum presidente destas agremiações vota. A CBF procura fomentar o futebol em todos os rincões do Brasil”, alegou, em seu discurso inicial de um dos debates do evento.
Saiba Mais – Presente no evento, o zagueiro corintiano Paulo André rebateu e pediu para a CBF “ao invés de subsidiar a Série D, dar oportunidade para gestores crescerem e desenvolverem o produto local para ele se tornar auto-suficiente”. Evasivo na resposta, Marin lembrou dos empregos criados, não só para atletas como funcionários gerais de clubes, para defender o subsídio e passou a responsabilidade de criação de gestores para os próprios clubes.