O principal museu brasileiro, o Museu do Ipiranga fechou no último dia 5 de agosto para uma reforma emergencial, porém a grande preocupação agora é quanto ao tempo de reabertura do local. A previsão é que só em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil ele seja reinaugurado. As obras devem começar em 2014.
De fato, o estado do prédio que fica na cidade de São Paulo é caótico. Infiltrações, rachaduras, mofo e reboco caindo é o estado que se encontra o prédio de 120 anos. Em maio, a USP que é a responsável pelo Museu anunciou investimentos de cerca de R$ 21 milhões para a reforma do edifício. Porém, no complexo todo que inclui o Museu e o Parque do Ipiranga devem ser gastos mais de R$ 100 milhões para reformá-lo. Neste valor está incluso a reforma do Museu, a adaptação do prédio do Corpo de Bombeiros e do Museu de Zoologia.
Já a culpa pelo abandono do local não pertence apenas há uma esfera governamental, ela é divida entre os governos municipal e estadual de São Paulo. Além disso, o Museu é tombado por três órgãos de esferas diferentes do poder. Para ser realizada qualquer intervenção no local é necessário uma autorização do Iphan (federal), do Condephaat (estadual) e do Conpresp (municipal). A burocracia dificulta ainda mais a situação.
Fechamento
O museu que recebia cerca de 3 mil pessoas diariamente foi fechado literalmente da noite para o dia. A pressa foi tanta que um recital que estava marcado para aquele fim de semana foi cancelado no dia.
Em nota divulgada na imprensa pela Assessoria do Museu, eles alegam que “em razão de ter sido edificado no século XIX, com técnicas construtivas pouco conhecidas na atualidade, são demandados diagnósticos e projetos de alta especialização. É necessário e comum que museus instalados em prédios históricos fechem parcial ou totalmente para restauros e modernizações.” O texto é assinado por Sheila Walbe Ornstein, Diretora do Museu.
Por Dennys Marcel