A praticamente um mês da chegada da comitiva responsável por escolher a cidade sede da Expo 2020, a Prefeitura de São Paulo ainda não sabe de onde virá o dinheiro para recepcionar os mais de cem delegados internacionais esperados na capital.

Os organizadores do seminário, que será realizado entre os dias 19 e 21 de setembro, terão uma conta de mais de R$ 1 milhão para pagar.

O teto de custos do evento, caso todos os 161 países confirmem suas presenças, pode bater os R$ 5 milhões.

Além das passagens e estadia, devem ocorrer visitas técnicas a Pirituba, na zona norte da cidade, local onde deverá ser construído o novo pavilhão de exposições. Lá, seria feita a Expo 2020.

A feira internacional, que dura seis meses, pode trazer até 30 milhões de visitantes à capital paulista.

Em nível internacional, o evento é considerado o terceiro mais importante do mundo, depois da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

O grosso da verba que será gasta em setembro virá da iniciativa privada.

Entidades interessadas no evento, como a Fiesp e a Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base), se comprometeram em ajudar com recursos próprios.

O governo estadual também poderá injetar recursos para a realização do evento.

PROGRAMAÇÃO

A prefeitura não divulgou a programação oficial. A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) nega que não exista uma lista de palestrantes, nomes de destaques no cenário nacional, já definida.

Como São Paulo disputa a eleição da Expo 2020 com outras três cidades, o sigilo da programação é uma estratégia para que o evento não comece a ser minado pelos concorrentes antes da hora.

A Expo 2020 é uma espécie de grandes exposições de projetos urbanos. A capital paulista concorre com Izmir (Turquia), Dubai (Emirados Árabes) e Ekaterinburgo (Rússia). A eleição da sede do evento de 2020 ocorre em novembro, em Paris.

Dubai, por exemplo, tem um orçamento de US$ 150 milhões para defender sua candidatura a sede da Expo.