Os agentes de combate a endemias de Brasilândia (MS) participaram de um curso na semana passada que abordou o controle de vetores, principalmente da dengue. O supervisor técnico da microrregião de TrêsLagoas (MS), José Costa Nogueira, foi o monitor do curso oferecido pela Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, em parceria com o Governo Municipal de Brasilândia, por meio da Secretaria de Saúde.
Nogueira ressaltou que, neste ano, somente no Estado de Mato Grosso do Sul, foram registradas 29 mortes em consequência da dengue. Segundo ele, os agentes devem buscar a excelência no trabalho realizado. “Se deixar uma falha, perde todo o serviço bem feito. Se o trabalho no campo for bem feito, vai refletir positivamente. Se não, também vai refletir, só que negativamente”, destacou Nogueira.
O gerente do Núcleo de Vigilância Sanitária agradeceu a parceria em nome do prefeito e do secretário de Saúde e disse que o trabalho vem sendo realizado com base no cumprimento de metas e no acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas pelos agentes de combate às endemias.
O monitor do curso lamentou que a população ainda não está consciente de que a dengue mata e que qualquer descuido pode favorecer o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Para ele, esta falta de consciência é o que faz com que alguns moradores sejam resistentes à visita dos agentes.
O encerramento do curso ocorreu na sexta-feira (20), no Anfiteatro Ramez Tebet, e contou com a presença do gerente do Núcleo de Vigilância Sanitária, Murilo José da Costa, representando o prefeito Jorge Diogo, e o secretário municipal de Saúde, Oziel Soares.
DENGUE – A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. Existem dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento e consequências como a morte. O ciclo de transmissão começa com a fêmea do mosquito depositando seus ovos em recipientes com água. Após uma semana, em condições favoráveis de clima e ambiente, esses ovos se transformam em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O mosquito adulto vive, em média, 45 dias. Uma única fêmea pode gerar outros 1.500 mosquitos durante a vida.