Produtor que “descobriu” o Charlie Brown Jr. em 1995 e parceiro musical de Champignon, Tadeu Patolla disse aoUOL que encontrou com músico na semana passada, quando o baixista foi ao seu estúdio.

“Ele veio aqui em casa, pegou meu baixo e ‘destruiu’, como sempre.  Estava alegre, falei pra ele como estava tocando muito e ele respondeu: ‘não, agora eu sou cantor’. Era um talento gigante. Cara que assobiava e chupava cana ao mesmo tempo.”

Segundo Patolla, de 54 anos, que produziu o álbum do Revolucionários, projeto solo do baixista, Champignon, com 35, era uma espécie de filho.

Para ele, a morte choca mais do que a de Chorão, em março, pois o baixista tinha uma personalidade diferente, menos autodestrutiva.

“É simplesmente inconcebível. Vai ser difícil essa ficha cair. Todo mundo casado tem problema, mas nada justifica o que acabou de acontecer”, lamenta o produtor, que não sabe se irá retomar a parceria com a banda A Banca, que reúne os ex-integrantes do Charlie Brown Jr. em tributo a Chorão.

O produtor Lampadinha, que cuidou de “La Familia 013”, o último trabalho gravado por Chorão, afirmou que esteve com a baixista Lena e com o guitarrista Marcão na última quarta-feira (4). Eles acompanharam a masterização do single “O Novo Passo” do A Banca, que está tocando nas rádios.

Ele conta que os integrantes estavam “super felizes” com os novos projetos e falaram com animação sobre a receptividade do público. “Nem de longe pensei que ele pudesse fazer isso. Era um moleque muito gente boa.”

Álbum póstumo do Charlie Brown Jr., “La Familia 013”, tem lançamento previsto para o fim deste mês.