A etapa mais trabalhosa e espetacular da operação para retirar o navio Costa Concordia da Ilha de Giglio, onde se acidentou no dia 13 de janeiro de 2012, foi concluída, mas ainda há muito por fazer para deixá-lo em segurança.

Segundo o chefe da Defesa Civil da Itália, Franco Gabrielli, depois de terminada a rotação que colocou a embarcação de volta ao seu eixo, as medidas agora terão como objetivo prepará-la para enfrentar o outono e o inverno, aumentando sua resistência contra ondas altas e ventos fortes.

“Estamos estudando a realização de obras para reforçar o lado danificado para podermos instalar as caixas de flutuação que farão o navio boiar novamente”, afirmou Gabrielli.

Para montá-las e apoiá-las no fundo do mar, será preciso suspender o Costa Concordia, que não deve ser removido antes do próximo mês de março.

Mas, além de estabilizar a embarcação, os trabalhos servirão para eliminar o risco para os operadores que iniciarão o quanto antes a busca pelos dois corpos ainda desaparecidos.

Um deles é o de Russel Rebello, que era membro da tripulação do cruzeiro, e o outro é de Maria Grazia Trecarichi, passageira siciliana que comemorava seu aniversário de 50 anos no navio.

Hoje (18) um barco da Capitania dos Portos levou o irmão de Russel, Kevin Rebello, e o marido e a filha de Maria Grazia, Elio e Stefania Vincenzi, até as proximidades do Costa Concordia. Como homenagem aos parentes desaparecidos, eles jogaram flores brancas no mar.

Destino

O ministro italiano do Meio Ambiente, Andrea Orlando, declarou que é preciso evitar que a embarcação seja rebocada para um porto do terceiro mundo, onde poderia ser demolida em condições perigosas e sem respeito às normas ambientais.

De acordo com ele, no momento da retirada no navio será escolhido o lugar mais próximo com condições de recebê-lo.

“Piombino é o porto ideal pela proximidade, mas é uma discussão prematura. É necessário que os portos que se candidatem a hospedá-lo se equipem. Desmontar um navio desse é um grande trabalho de engenharia”, salientou.