No inicio deste mês, na sede da Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp), representantes do setor oleiro-cerâmico Milton Salzedas, Inês Chiararia, e Ilton Bobato se reuniram com o engenheiro Fábio Trapé, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), para acertar detalhes do plantio experimental do capim elefante, alternativa para o processo de queima nas cerâmicas.
De acordo com o diretor da Incoesp, Milton Salzedas, a reunião se pautou exclusivamente no experimento a ser feito com três espécies de capim elefante, para saber quais dessas se adaptará ao clima da região, chegando à conclusão desejada do experimento, passaremos a partir de então a utilizá-lo em apoio a eficiência energética do setor. O plantio-experimental poderá acontecer neste semestre.
O projeto de implantação do capim elefante tem aprovação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e a Prefeitura de Panorama. Cada empresário proprietário de uma indústria cerâmica poderá tornar-se auto-suficiente se possuir uma área para plantio dessa planta.
De acordo com o engenheiro do IPT, Fábio Trapé, o instituto atuará na pesquisa do Capim Elefante para minimizar o encarecimento do produto do setor com a matéria prima trazida de lugares cada vez mais distantes, a exemplo do pó de serra. “O plantio do capim é uma alternativa até de cunho ambiental e energética para o setor. A colheita é feita de seis a seis meses”, disse.
Capim Elefante – Segundo o site da enciclopédia livre Wikipédia, o capim elefante (Pennisetum purpureum) é uma espécie de planta da família Poaceae. É nativa da África tropical, tendo sido introduzida nas Américas, Ásia e Austrália. No Brasil, foi introduzida por volta de 1920. A cultura de capim é altamente eficiente na fixação de CO2 (gás carbônico) atmosférico durante o processo de fotossíntese para a produção de biomassa vegetal, apresentando um alto potencial para uso como fonte alternativa de energia. Também é utilizada como alimento para o gado e animais selvagens.