O Brasileiro-2013 tem desmentido a tese de que o excesso de dinheiro vai causar um desequilíbrio em favor dos clubes mais ricos do país. Nenhuma das quatro equipes na zona da Libertadores figura entre as quatro com maiores rendas no ano passado.
Quando a TV Globo renovou os contratos com os clubes brasileiros para 2012 em diante, com acordos separados, houve o temor de que o Nacional caminhasse para repetir o modelo espanhol em que há grande diferença entre a dupla Real Madrid e Barcelona e os outros times.
Corinthians, Flamengo e São Paulo tinham saltos de receitas maiores do que os outros. Mas, no segundo ano do novo contrato, isso não se confirma no Brasil até agora.
Atlético-PR, Botafogo e Cruzeiro não tiveram nem R$ 200 milhões de receita em 2012, e não estavam entre as dez maiores arrecadações. Terceiro colocado, o clube parananese é o mais surpreendente com uma renda em torno de R$ 60 milhões, excluídos os títulos do governo usados para construção de seu estádio. Bem equilibrado financeiramente, o Cruzeiro teve R$ 120,4 milhões, valor similar ao recebido pelo Botafogo. Mais à frente estava o Grêmio, com cerca de R$ 240 milhões: é o quinto no ranking nacional.
Também em 2012, na mesma 23ª rodada, os quatro primeiro times também não incluíam esses dois clubes da elite financeira nacional. Em resumo, em dois anos de novo contrato da Globo, o aspecto financeiro ainda não pesou tanto na tabela do Brasileiro. Resta observar os próximos anos para saber se esse quadro vai mudar a longo prazo e se aproximar mais do que ocorre na Europa. (Com informações de Rodrigo Mattos/ Uol Esportes)