Uma exposição bastante interessante por meio de cartazes no CICFAI 2013 (Congresso de Iniciação Científica das Faculdades Adamantinenses Integradas) celebrou os 25 anos da Constituição Federal Brasileira, promulgada em 5 de outubro de 1988.
Segundo a autora do trabalho, Cláudia Azevedo, estudante do 2º de Direito na FAI, a proposta é mostrar aos mais jovens a liberdade assegurada pela Constituição no processo de redemocratização do país após o período de ditadura militar, vivido no Brasil entre os anos de 1964 e 1985.
“Eu vivi um pouco disso, assisti os meus irmãos passando um certo sufoco nas universidades onde estudavam em Campinas e São Paulo. Policiais e militares chegando sem mais nem menos, revistando as pessoas, pedindo documentação e um clima de muito medo entre os jovens e as pessoas em geral. Os meus colegas não sabem o que foi isso porque nasceram em plena democracia. Então, eu gostaria de contar a eles o privilégio que eles têm de ter nascido na democracia e não na ditadura, como eu”, enfatiza Cláudia.
Para a autora, o fim da repressão e a garantia de direitos aos cidadãos são os principais legados da Constituição de 1988. “A liberdade é o nosso bem mais precioso. O fato de poder dizer o que quiser e divulgar nossas opiniões e ideias é o que temos de melhor”, declara.
Com 72 anos de idade, o artista plástico Jair Cabral Coutinho vivenciou o período do regime militar e foi convidado pela universitária para contar as histórias das quais foi testemunha antes, durante e depois da ditadura e como vê o país após a instituição da nova Carta Magna brasileira.
“Resta saber se haverá pessoas no Governo, entre os políticos, entre os deputados, para cumprir [a Constituição]. A gente vê governos que pisam na Constituição como meninos que brincam de bola. Nós precisamos de políticos imbuídos em cumprir de fato a legislação”, avalia Coutinho.