Após longa reunião na noite da última quinta-feira (17), a diretoria do Corinthians manteve Tite no comando do time, que venceu uma vez nas últimas 13 partidas. Houve cobrança ao treinador e aos jogadores, representados por Alessandro, Paulo André e Fábio Santos, mas não foi cogitada a saída de ninguém. O Corinthians tem a segunda pior campanha do returno do Campeonato Brasileiro e está a cinco pontos da zona de rebaixamento.

“Qual o motivo? Por que vamos afastar alguém? Qual é o problema?”, perguntou Roberto de Andrade, ouvindo deficiência técnica como uma possível resposta. “Isso não existe. Então, vamos afastar todo o mundo, vamos entrar sem ninguém em campo. Vamos dar WO?”, disse o diretor de futebol.
Para ele, só indisciplina seria motivo para tirar alguém do grupo – como aconteceu com Jorge Henrique no primeiro semestre. “Graças a Deus, não temos problema com ninguém. Vimos o mesmo grupo fazer partidas exuberantes, dar show de bola. É isso o que a gente quer. Chegou a hora de dar as mãos e tirar o Corinthians de onde está.”
O dirigente insistiu que o problema alvinegro não é a qualidade dos jogadores. Ele discordou da visão de que o clube errou na formação do elenco e não precisou nem ouvir qualquer nome na pergunta para mencionar duas das mais contestadas contratações realizadas nesta temporada.
“Talvez estejam falando das contratações pontuais que fizemos, o Ibson e o Maldonado. Elas não estavam planejadas, aconteceram porque tivemos contusões no meio do caminho e fomos nos socorrer no mercado com o que tinha disponível. E eles estão nos ajudando. Não concordo que tenha sido um erro”, disse Roberto.
De qualquer maneira, na segunda quinzena de outubro, não adianta muito ao Corinthians discutir os acertos com os ex-flamenguistas. O jeito é ganhar distância da zona de rebaixamento, brigar pelo título da Copa do Brasil e ter maiores mudanças no elenco só na virada para a próxima temporada.