Ontem à noite, o ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras no governo Lula Ildo Sauer e o advogado Fábio Konder Comparato protocolaram na Justiça Federal, em São Paulo, uma ação popular pedindo a suspensão do primeiro leilão do pré-sal brasileiro, do campo de Libra, previsto para a próxima segunda-feira, 21.

Exército é convocado para garantir a realização do leilão do pré-sal
Disputa no campo de Libra deve ter até quatro consórcios
Produção no campo a ser leiloado atingirá pico em 2029

De acordo com Sauer, atualmente professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, o leilão tem “ilegalidades flagrantes”, sobre as quais não quis especificar, e contraria os interesses nacionais ao “seguir a política energética dos EUA e da China”, para quem o objetivo é “a produção rápida para reduzir o preço”.

“Para um país que pretende ser exportador, como é o caso do Brasil, interessa controlar o ritmo da produção e manter o preço elevado”, diz a introdução da ação popular.

Sauer e Comparato defendem que o campo de Libra seja repassado à Petrobras.

SEGURANÇA

A pedido do governo do Rio presidente Dilma Rousseff convocou o Exército, para garantir a realização do leilão na segunda.

A partir de domingo, 24h antes do leilão, parte do bairro da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, onde ocorrerá o leilão terá a segurança controlada por militares.

Petroleiros da Petrobras, que iniciaram nesta quinta uma greve por tempo indeterminado contra o leilão, prometem levar “pelo menos mil” pessoas para a porta do hotel para tentar impedir a venda.

A mobilização contará com 1.100 homens do Exército, das polícias Federal, Rodoviária Federal, da Força Nacional, além de agentes das polícias Civil e Militar do Rio. O planejamento será definido hoje e o efetivo ainda pode aumentar.