Após uma 1h40 de paralisação dos acessos das rodovias Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) e Euclides de Oliveira Figueiredo (SP-563) na rotatória de Tupi Paulista no começo da tarde chuvosa de quarta-feira (2), ceramistas prometeram uma nova manifestação dentro de 15 dias caso os governos Federal e Estadual não se posicionem para resolver a crise do setor cerâmico gerado pela escassez da argila, matéria prima usada na produção do tijolo, telha e laje.
Um dos alvos numa outra manifestação poderão ser os acessos entre os estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo nas pontes de Presidente Epitácio, Paulicéia e Castilho.
O grupo de manifestantes iniciou o protesto com uma carreata pela rotatória de Tupi Paulista, em seguida fecharam os acessos para Panorama, Dracena, Tupi Paulista, Presidente Venceslau, e Andradina, liberando passagem apenas para ambulâncias. Numa tentativa de furar o bloqueio, um promotor de Justiça da região foi impedido de passar. Policiais rodoviários da Companhia de Presidente Prudente e policiais militares da 4ª Cia. de Tupi Paulista acompanharam toda a manifestação, que transcorreu sem nenhum tipo de violência.
Para facilitar a passagem de quem vinha pelo sentido Panorama a Tupi Paulista, a Polícia Rodoviária desviou o trânsito da rodovia para a estrada vicinal de Nova Guataporanga, ao lado do complexo penitenciário, direcionando todo o movimento para a estrada vicinal do Oasis seguindo em direção à Dracena.
Nenhum dos três deputados estaduais da região, Mauro Bragato, Reinaldo Alguz, e Ed Thomaz, estiveram presentes, tampouco os prefeitos de Panorama, Paulicéia, Ouro Verde, Santa Mercedes, Castilho, Presidente Epitácio e Rejente Feijó, municípios que possuem indústrias cerâmicas.
REIVINDICAÇÕES – Na lista de reivindicações dos ceramistas está: 1) liberação da portaria de Lavra (concessão extração de minérios, outorgada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia); 2) Apoio do governador Geraldo Alckimin na liberação da extensa camada de jazida encontrada às margens do Rio Paraná entre os municípios de Presidente Epitácio e Castilho, chamada pelo próprio governador de ‘Pré-sal caipira’; 3) Empenho do governador Alckimin para atuar contra a ‘barreira fiscal’ imposta pelo do estado do Mato Grosso do Sul na entrada da produção cerâmica naquele estado.