A TAM, que no ano passado registrou prejuízo de R$ 1,2 bilhão, vai enxugar seu serviço de bordo até o fim do ano. A principal mudança consiste em deixar de servir algum tipo de comida aos passageiros em seus voos domésticos mais curtos.

A medida começou a valer no sábado passado e será implantada até o final de 2013. Voos com duração de até uma hora entraram no corte. A empresa não quis revelar quantos deles serão afetados.

Há exceções: rotas “premium”, entre seis aeroportos (Congonhas-SP, Santos Dumont-RJ, Confins-MG, Curitiba, Brasília e Porto Alegre), passam a ter seis opções de sanduíche frio, bebidas e café, independentemente do tempo de voo. Essas rotas compõem o que a companhia chama de “Super Pontes”.

 Editoria de arte/Folhapress 

MUDANÇA

Entre os voos que tiveram ou terão o serviço alterado estão aqueles entre Congonhas e Florianópolis, por exemplo.

Agora, nesses voos mais curtos que não sejam “Super Pontes”, só serão servidas bebidas (água, suco e refrigerante) aos passageiros.

Antes da alteração, a grande maioria dos voos da TAM tinha algum tipo de comida para os passageiros, como snacks, biscoitos, amendoins ou sanduíches frios.

Alguns voos já ofereciam apenas bebidas durante o trajeto, mas eram rotas consideradas de menor interesse, como entre Curitiba e Londrina.

Por outro lado, houve aumento na oferta de bebidas nesses voos. Antes, havia água e uma opção de bebida. Agora, há três opções (refrigerante, refrigerante light e suco) além da água.

A TAM também mexeu nos voos que têm entre uma e duas horas de duração: haverá bebidas e distribuição de “cortesia saudável” –salgadinhos assados.

Os sanduíches ficam restritos às “Super Pontes” e aos voos mais longos (com mais de três horas), como aqueles de Cumbica para Fortaleza.

Para a TAM, o novo serviço é mais “eficiente” e “completo” e beneficiará o passageiro com opções “saudáveis”. Simplificar o serviço de bordo torna mais ágil também o embarque de comida nos aviões, diz a TAM.

A empresa já havia desligado um dos sistemas de ar condicionado por economia, revelou a Folha em setembro.

Enxugar o serviço de bordo é tendência na indústria da aviação, em razão dos altos custos de operação. A Gol também opera em voos nos quais oferece apenas bebidas.