Um tenente da Polícia Militar de São Paulo foi preso nesta terça-feira (15) por suspeita de associação e envolvimento com criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
O 1º tenente Guilherme William Pacheco da Silva, 36, encontra-se confinado nas instalações da Corregedoria da Polícia Militar, segundo informou a corporação. OUOL não conseguiu ouvir a defesa do tenente.
De acordo com a PM, o envolvimento do tenente com o PCC foi descoberto por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, que revelaram o pagamento de propina de criminosos para policiais de São Paulo. Ele atuava no 16º batalhão da PM, na zona oeste de São Paulo.
Por meio de nota divulgada nesta tarde, a PM “ressalta que está com a atenção redobrada quanto à proteção de seus policiais, bem como atenta, rigorosa e implacável contra eventuais desvios de conduta de seus integrantes”.
Após três anos de investigação, o Ministério Público Estadual de são Paulo concluiu que o PCC possui mais de 11 mil membros espalhados pelo Brasil, Paraguai e Bolívia. Desses, 7.800 estariam em São Paulo, sendo 1.800 fora dos presídios.
A investigação, que resultou na denúncia de 175 pessoas por formação de quadrilha, mostrou ainda que as atividades criminosas da facção movimentam cerca de R$ 120 milhões por ano.
O MP pediu à Justiça a internação de 32 presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), – entre eles, toda a cúpula da facção criminosa, que hoje se encontra no presídio de Presidente Venceslau (SP). Os bandidos afirmam que vão fazer uma greve branca nos presídios se a liderança do PCC for transferida para o RDD. Também dizem que, em caso de reação do governo paulista à greve, criminosos nas ruas vão atacar.
Segundo informou o jornal “Folha de S.Paulo”, na segunda-feira (14) o governadorGeraldo Alckmin anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar o envolvimento de policiais civis e militares com o PCC. (Com Estadão Conteúdo)