A entidade Creres (Casa de Recuperação e Reintegração Social) de Adamantina, que corria o risco de ser fechada, deu início nesta semana às obras de readequações que foram exigidas pela Vigilância Sanitária, para que a entidade obtenha licença para funcionar.
Com a promoção do chá beneficente no último dia 19, a Casa conseguiu lucrar R$7 mil e o dinheiro será utilizado para as reformas de readequações mais urgentes, que são as do refeitório. Todo material e mão de obra necessários já foi providenciado e, de acordo com a diretora administrativa Rosemary Brambilla, os pedreiros foram cedidos pela Prefeitura.
As obras do refeitório já haviam se iniciado anteriormente, porém, por falta de recursos financeiros não foram concluídas. Com os fundos arrecadados, foi possível comprar forro, piso, portas e janelas. A diretora explica que o próximo passo é comprar pias, pedras, panelas industriais, geladeira e freezer, além de outros utensílios domésticos.
Além da reforma do refeitório, serão necessárias adequações nos banheiros. Haverá, ainda, a ampliação dos dormitórios; hoje são 11 residentes, mas o local passará a ter espaço para 30 pessoas.
Rosemary frisou que embora a Vigilância Sanitária tenha que cumprir com seu papel de fiscalizar os estabelecimentos e exigir que as irregularidades sejam corrigidas, a Vigilância de Adamantina tem sido complacente para com a Creres. “A equipe tem sido extremamente atenciosa conosco e paciente também, nos orientando sobre quais medidas tomar e, ao mesmo tempo, colaborando e compreendendo a situação difícil que nós passamos atualmente”.
Rose explica, ainda, que a Vigilância Sanitária fará uma nova vistoria nas dependências da Casa em dezembro, para constatar se as exigências necessárias foram cumpridas.
CRERES – Localizada na Estrada 14, em Adamantina, a Casa de Recuperação e Reintegração Social é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, fundada há 20 anos, com intuito de trabalhar em prol da recuperação de dependentes químicos (drogas lícitas e ilícitas).
Atualmente, comportando 11 residentes, a entidade desenvolve um trabalho social com os dependentes químicos que desejam se livrar do vício. “O dependente precisa querer se recuperar, ninguém fica aqui contra vontade, até por que a área é aberta e eles poderiam ir embora a qualquer momento”.
O residente fica em recuperação na Casa por no máximo 12 meses e, neste período, todo trabalho de resgate de moral e valores é desenvolvido pela equipe técnica.
O residente Jevel está em tratamento na Casa há nove meses e se despede na próxima semana. “Ele demonstrou melhoras significativas e no período em que esteve aqui desenvolveu habilidades com o artesanato”, disse a diretora. Segundo o residente, ele nunca havia tido contato com o artesanato, mas dentro da Creres descobriu uma vocação.
Desde o ano passado, foi criada nova diretoria formada pelo presidente Márcio Flores Nunes; vice Jair Geris Freitas, 1º secretário Cássio de Moraes Benvindo, 2º secretário: Rafael Soares da Silva, tesoureiro Carlos José Pedroso Oliveira, diretora social Lucilene Paloni, diretora administrativa Rosemary Brambilla, e conselheiros fiscais Hilton Roberto Dalago Borges e Jefferson Fernandes Pereira.