Após as reclamações que ocorreram em 2012 e punições aplicadas a empresas que participaram da ‘Black Friday’, o comércio eletrônico e o varejo tradicional informam que vão adotar medidas para atender melhor e garantir descontos (reais) ao consumidor.
Lojas fazem ofertas em toda a semana da ‘Black Friday’
Os principais problemas verificados na edição passada foram as falsas promoções e a falta de estrutura para atender a demanda de pedidos (congestionamento de sites, compras não sinalizadas, mau atendimento e risco de vazamento de informações).
Parcerias foram firmadas neste ano com órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP, com sites de reclamação, como o Reclame Aqui, e o site oficial do evento (blackfriday.com.br), do portal Busca Descontos, além da câmara que representa o comércio eletrônico.
Devem participar neste ano 12 lojas, e a expectativa é atingir R$ 340 milhões em vendas, com 850 mil pedidos. Em 2012, foram 77 participantes, 500 mil pedidos e R$ 217 milhões faturados.
“Com vendas mais fracas, por causa da desaceleração da economia, o varejo não pode se dar ao luxo de jogar fora a oportunidade de melhorar seu resultado”, diz Cláudio Felisoni, do Provar (Programa de Varejo) da USP.
Pesquisa com 1.700 produtos oferecidos no evento mostrou que somente 48 tinham preços reduzidos de fato, segundo o Provar. Novo estudo já está sendo feito neste ano.
Renan Ferraciolli, assessor-chefe do Procon-SP, diz que o órgão vai reforçar o atendimento eletrônico em seu site, além do monitoramento de reclamações nas redes sociais. Sete empresas foram autuadas em 2012, e as multas estão em processo de discussão administrativa.
“Esperamos que, de fato, o comércio eletrônico tenha aprendido com os erros, porque a vigilância é grande.”
Ele recomenda guardar informações com comparações de preços (antes e depois das promoções), além de checar se o site de compra fornece dados como razão social, telefone e outras formas de contato além do e-mail. “Desconfie de quem se esconde.”
O IDV (reúne varejistas) firmou compromisso com o Procon para buscar melhorias no atendimento. O site Reclame Aqui, a câmara do setor e o site oficial também criaram canais para atender melhor as reclamações.
Editoria de Arte/Folhapress |