A decoração é um dos principais pontos de qualquer evento. Muitos objetos são utilizados, mas o que não pode faltar mesmo são as flores. Elas dão vida ao ambiente e alegram as quatro horas de casamentos, batizados e confraternizações em geral. Mas depois que a comemoração chega ao fim, o principal destino das flores é o lixo, mesmo elas ainda estando em perfeito estado.

Pensando nisso, a florista da zona sul de São Paulo Helena Lunaderlli resolveu dar um caminho diferente e estender a vida útil dessas plantas, criando o projeto “Flor Gentil”, que consiste em receber doações de decorações, reciclar os arranjos e transformá-los em pequenos buquês, com a ajuda de voluntários. O destino da reciclagem? Levar as flores a idosos em asilos e casas de repouso.

Lunardelli destaca que a flor nada mais é do que uma porta de entrada para levar, principalmente amor, atenção, carinho e alegria às pessoas da terceira idade.

“Costumo dizer que a gente usa as flores como um veículo para chegar até eles, então é uma maneira de quebrar o gelo e de florir. Eles adoram e fica um lugar muito mais feliz”.

Michiko Yamamoto, 83, é uma das moradoras do Lar Lareira –residência para senhoras em Pinheiros (zona oeste da capital paulista)–, e conta que ao ver a flor se sente mais alegre.

Já Ermelinda Pinheiro, 95, diz que adora flores, “mas essa flor aqui [referindo-se ao arranjo que ganhou] é muito bonita, estão lindas”.

O projeto

Qualquer pessoa pode ser um doador do “Flor Gentil”, seja um decorador, florista ou pessoa física que irá realizar um evento utilizando flores, basta agendar a retirada dos arranjos.

Os voluntários ajudam na reciclagem, confecção e até nas entregas dos pequenos buquês aos idosos, além de serem capacitados como mão de obra no ramo da decoração e encaminhados para uma oportunidade de trabalho.

A última frente do projeto é o “Fundo Gentil”, que através de doações de arranjos ajuda pessoas que não têm condições de pagar pelo serviço, mas desejam uma comemoração mais bonita.

*Colaborou Bruno Landim Pedersoli