As possibilidades de morte precoce em caso de traumatismo craniano severo, como o de Schumacher, atingem índices entre 40% e 45%, disse o chefe do serviço de anestesia e reanimação do hospital de Grenoble, onde o alemão está internado em coma induzido.
“São estatísticas e eu não trabalho sobre elas, mas com pacientes. Assim vamos seguir. Há pacientes que se recuperam”, disse o doutor Jean-François Payen à emissora francesa RMC.
O especialista em segurança da associação alemã de esqui, Patrick Rogers, destacou em entrevista ao jornal alemão Bild a importância do uso do capacete, mas lembrou que ele não pode evitar fatalidades. “É como um airbag ou um cinto de um carro. Ele ajuda, é importante. Mas 100% de segurança não existe”, disse Rogers.
O estado de saúde de Michael Schumacher ainda é crítico, segundo os médicos. O heptacampeão mundial de Fórmula 1 se envolveu em um grave acidente enquanto esquiava na França. Ele foi submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital de Grenoble e está “lutando pela vida”, de acordo com os especialistas.
“Ele está em uma situação crítica. Podemos dizer que o seu prognóstico de vida é incerto. Seu estado é muito grave”, declarou o Payen em coletiva de imprensa. Ainda segundo o médico, a equipe tentou reduzir o edema cerebral colocando Schumacher em estado de coma artificial. O objetivo era diminuir a pressão no cérebro. “Ele foi operado uma vez, a intervenção ocorreu sem grandes dificuldades”, afirmou. Atualmente não há outras cirurgias planejadas.
Payen disse ainda que é cedo para falar do futuro, mas o ex-piloto alemão poderá ter sequelas em razão de lesões no cérebro. Nesta segunda-feira, a justiça de Albertville, dos Alpes franceses, abriu uma investigação para averiguar as circunstâncias que causaram o acidente. Esqui é uma das atividades favoritas de Schumacher, que possui uma residência na estação de Méribel. A região integra um dos centros de esqui mais importantes dos Alpes franceses.