A economia brasileira começou o quarto trimestre com crescimento de 0,77% em outubro em relação a setembro, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (13).
Os dados do BC vieram melhores do que esperado por analistas, e são um indicador de que, depois de encolher no terceiro trimestre, a economia pode estar voltando a crescer.
Esse foi o maior crescimento desde abril deste ano, quando a expansão, na comparação com março, ficou em 1,38%, de acordo com os dados revisados.
O indicador mostrou forte aceleração depois de ter registrado, em setembro, leve alta de 0,01% –o dado foi revisado; antes tinha sido anunciado leve queda de 0,01%.
Na comparação com outubro de 2012, o IBC-Br avançou 2,82% e acumula alta de 2,59% em 12 meses, ainda segundo dados dessazonalizados do BC.
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) –que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual.
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
Produção industrial surpreende em outubro
O avanço em outubro é resultado de dados positivos tanto da indústria quanto de vendas no varejo no mês.
A produção industrial surpreendeu em outubro ao crescer 0,6% sobre o mês anterior, mantendo-se pelo terceiro mês seguido no azul.
Já as vendas varejistas cresceram 0,2%, marcando o oitavo mês de alta, porém voltaram a mostrar desaceleração.
A expectativa é que a economia melhore no quarto trimestre depois de ter encolhido 0,5% entre julho e setembro
PIB recua 0,5% no 3º trimestre, pior resultado em mais de 4 anos
A economia brasileira caiu 0,5% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao trimestre anterior, segundo dados do IBGE, divulgados no começo de dezembro. É o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, durante o auge da crise global, quando houve retração de 1,6% (na comparação com o trimestre anterior).
Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, subiu 2,2%. Em reais, o PIB (Produto Interno Bruto) alcançou a marca de R$ 1,21 trilhão.
A agropecuária teve o pior resultado, com queda de 3,5% em relação ao segundo trimestre. A indústria também sofreu e ficou praticamente estável, com leve alta de 0,1%.
(Com Agência Brasil, Reuters e Valor)