Pela segunda vez, a Justiça Federal no Rio de Janeiro tentou leiloar quatro veículos de luxo do traficante espanhol Oliver Ortiz de Zarate Martin nesta segunda-feira (9), mas apenas dois foram arrematados. Uma das picapes Toyota Hylux e a Ferrari Califórnia 2011 não tiveram interessados na compra.

Foram arrematadas uma Toyota Hilux CD 4×4 pelo valor do lance mínimo: R$ 71,5 mil. Ela já tinha sido arrematada no dia 27 de novembro, mas o comprador voltou atrás. O outro veículo vendido foi uma moto Harley Davidson 2009, cujo lance inicial era de R$ 28,5 mil. Como havia mais de um interessado, a moto saiu por R$ 34 mil.

Todos os veículos foram oferecidos com um desconto de até 25% em relação ao valor mínimo estipulado na primeira edição do leilão. A Ferrari está avaliada em R$ 1.190.000, mas o lance inicial caiu para R$ 892.500. A picape Toyota remanescente tem o preço de R$ 85 mil –baixado para R$ 71.250– enquanto a Harley Davidson custa R$ 38 mil, mas o lance mínimo era de R$ 28,5 mil.

Um novo leilão deve ser realizado, mas a Justiça ainda não marcou a data.

Zarate Martin foi preso em junho sob a acusação de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Os veículos são parte de um espólio estimado em cerca de R$ 20 milhões, apreendidos pela Polícia Federal durante a operação “Monte Perdido”.

 O espanhol chegou ao Brasil em 2009 e morava em uma cobertura triplex na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, estimada em aproximadamente R$ 3 milhões.

A lista de bens do traficante ainda inclui uma mansão na Estrada do Joá no valor de R$ 4 milhões, uma boate e uma academia, ambos na Barra, um prédio onde funcionaria uma boate na Lapa, bairro boêmio do centro do Rio, e dois terrenos em Queimados, na Baixada Fluminense. Os imóveis também devem ser leiloados futuramente.

Indiciado por lavagem de dinheiro

De acordo com a investigação da Polícia Federal, Zarate Martin atuava como negociador e fornecedor de cocaína da Colômbia para a Austrália e a Europa. O transporte da droga era feito pelo mar.

Depois de um ano de investigação, a Justiça Federal expediu um mandado de prisão preventiva contra o espanhol. Ele foi indiciado por lavagem de dinheiro do tráfico no Brasil.