Vazamento de gás amônia utilizado para refrigerar uma das câmaras frias do depósito de frutas da Cooperativa Agrícola de Junqueirópolis (Coopaj), segunda-feira, 9, à noite, assustou os moradores de residências vizinhas devido o forte cheiro que se espalhou e chegou às casas.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros isolaram a área e pediram para os moradores deixarem suas casas.
Segundo o presidente da Cooperativa, Osvaldo Dias, o vazamento foi um imprevisto e todas providências estavam sendo tomadas para resolver o problema na válvula onde ocorreu o acidente.
Conforme Dias, o depósito tem sete câmaras frias e em uma delas é utilizado o gás de amônia que possui maior capacidade de refrigeração. O vazamento teve início por volta das 19h, quando o local estava fechado e foi controlado cerca de duas horas depois pelos Bombeiros que entraram no local e vedaram a válvula com defeito.
A Polícia Militar registrou boletim de ocorrência (BO) de vazamento de produto químico.
Segundo a Polícia, uma testemunha comunicou o vazamento de um produto químico do barracão e o forte cheiro que havia nas imediações.
“Os policiais foram ao local e constataram o vazamento devido o cheiro de gás que era notável. Foi feito o isolamento do barracão, assim como das imediações em um raio de aproximadamente 300 metros e solicitado aos moradores deixarem as suas casas, uma vez que o produto químico poderia trazer danos à saúde”, explica o comunicado da Polícia Militar.
CETESB – A Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) de Dracena enviou um técnico para vistoriar o local ontem, 10, de manhã. O técnico elaborou o laudo, confirmando o vazamento da amônia.
Segundo o técnico, funcionários da cooperativa confirmaram que o vazamento ocorreu pelo defeito na válvula e o cheiro que ainda havia no local ontem cedo, era de resquícios do gás que ficou nos canos dos equipamentos.
Um funcionário da cooperativa mostrou à reportagem, o gás que ainda estava saindo do ponto de vazamento, mas ressaltou que o equipamento já estava seguro.
A localização do depósito em área aberta, segundo a Cetesb, também auxiliou o gás a se dissipar sem causar problemas respiratórios graves nos moradores.
A Cetesb não autuou a cooperativa, mas fez um laudo de advertência e pediu urgência na eliminação do vazamento e reparos nos equipamentos do tanque de amônia.
VIZINHOS – Segundo uma das moradoras vizinhas ao depósito, Adriana Gotardo da Silva, por volta das 19h20 de segunda-feira, os moradores começaram a sentir o cheiro horrível do gás, que provocou ardência nos olhos e gargantas.
“A Polícia Militar pediu para todos saírem de casas, cobrindo o rosto com pano para evitar a inalação do gás, ficamos assustados e esperamos até por volta das 22h até o cheiro passar para retornar”, informou a dona de casa que possui uma filha de três anos. À tarde, a situação havia se normalizado.