A Organização Não Governamental (ONG) Arca de Noé instalada em Dracena recebeu esta semana, mais precisamente na manhã de segunda-feira, 2, ligação telefônica denunciando maus tratos em animal no Jardim Santa Clara. Integrante da entidade compareceu ao local e verificou que uma gata havia sido morta e estava dependurada em um poste de energia elétrica, na via pública. O ocorrido chocou muito conforme informa a presidente da Arca de Noé – Associação de Proteção Animal, Sandrali Paschoalotto. “Além da violência contra o animal, havia também muitas crianças compartilhando a cena”.

Sandrali relatou que a ONG procurou a dona da gata e ela disse que o animal era manso, quase não saía de casa. Chamava-se Nina e havia sido castrada gratuitamente pela ONG há um mês.

A presidente da Arca de Noé afirmou que este caso foi parar na polícia com registro de boletim de ocorrência, para averiguação de autoria de ato tão brutal.

ENTIDADE –

A Arca de Noé não tem voluntários suficientes para atender denúncias de maus tratos, então, pede aos cidadãos dracenenses, que ao presenciarem qualquer ocorrência ou emergência com animais que exija intervenção, tomem o caso para si e ajam pessoalmente de forma imediata. “Muitas vezes perde-se muito tempo na procura por ajuda ou no aguardo de que outros tomem providências. Ocorrências com animais normalmente são emergenciais”, frisou Sandrali.

Qualquer ato de maus-tratos envolvendo um animal deve ser denunciado na delegacia de polícia. “Aconselhamos que os casos de flagrante de maus-tratos e/ou que a vida de animais esteja em risco, acione a polícia pelo 190 e aguarde no local até que a situação esteja regularizada”.

A Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) prevê os maus-tratos como crime e comina as penas. O decreto 24645/34 (Decreto de Getúlio Vargas) determina quais atitudes podem ser consideradas como maus-tratos.

Alguns dos exemplos de maus-tratos são abandonar, espancar, golpear, mutilar e envenenar; manter preso permanentemente em correntes; manter em locais pequenos e anti-higiênicos; não abrigar do sol, da chuva e do frio; deixar sem ventilação ou luz solar; não dar água e comida diariamente;negar assistência veterinária ao animal doente ou ferido; obrigar a trabalho excessivo ou superior a sua força; capturar animais silvestres; utilizar animal em shows que possam lhe causar pânico ou estresse; promover violência como rinhas de galo, farra-do-boi.

Sandrali pontuou que os casos mais comuns de denúncias de maus tratos que a ONG está recebendo são por envenenamentos; exageros contra bezerros que são usados em prova de laço; cães presos em correntes; cavalos amarrados em lotes sob o sol, muitas vezes sem água ou alimento suficiente.

As ações da Arca de Noé podem ser seguidas pelo facebook.