Pelo menos 14 pessoas morreram hoje e outras 28 ficaram feridas em um novo atentado com bomba na cidade de Volgogrado, no sul da parte europeia da Rússia, informou o ministério para Situações de Emergência russo.
A bomba desta segunda-feira (30) explodiu no interior de um trolebus do sistema de transporte público da cidade, segundo a fonte oficial citada pela agência “Interfax”.
O Comitê de Instrução da Rússia, cujo porta-voz Vladimir Markin, confirmou que a explosão foi um atentado terrorista, anunciou a abertura de um processo penal por terrorismo e tráfico de explosivos.
Segundo a televisão russa, o trolebus ficou completamente destruído em consequência da explosão, que aconteceu por volta das 8h30 (horário local, 2h30 de Brasília).
Segundo atentado em menos de 24 horas
Este atentado é o segundo em menos de 24 horas praticado em Volgogrado. Neste domingo (29), uma terrorista suicida detonou uma bomba na estação de trem da cidade e matou, segundo números oficiais, 17 pessoas e deixou outras 45 feridas.
Muito embora nenhum grupo tenha assumido a autoria do ataque de ontem, segundo a imprensa local, a autora seria Oksana Aslanova, que era procurada desde junho de 2012 e se casou por duas vezes com militantes que foram assassinados. Ela também era amiga de Naida Asiyalova, que explodiu o próprio corpo em um ônibus na mesma cidade em outubro, deixando seis mortos. A informação foi confirmada por uma fonte oficial da República do Daguestão à agência Ria Novosti.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que as agências de segurança do país adotem “todas as medidas necessárias” após o atentado, disse um porta-voz do Kremlin.
O esquema de segurança foi incrementado nos principais aeroportos e estações do país.
Em outubro, uma mulher-bomba matou ao menos 6 pessoas ao se explodir em um ônibus na mesma cidade.
A região do Norte do Cáucaso tem sido alvo de muitos ataques nos últimos anos devido ao crescimento de um movimento insurgente islâmico.
Autoridades russas temem que grupos militantes aumentem os ataques às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno, que começam no próximo dia 7 de fevereiro, na cidade de Sochi.
Em julho, o líder insurgente tchetcheno Doku Umarov postou um vídeo na internet pedindo que os militantes usem “força máxima” para impedir a realização dos jogos. (Com BBC e agências internacionais)