Começa mais uma edição do campeonato paulista da série A. Em razão da efetivação da Copa do Mundo, a partir de junho, os organizadores enxugaram a competição que terá 19 rodadas, quatro a menos que nas vezes anteriores. Desta feita, as agremiações foram distribuídas em quatro grupos, galgando a fase sequente as duas primeiras de cada série.
O grande ausente
Infelizmente, os torcedores santistas não poderão ver Edu Dracena, capitaneando o Santos. Novamente, o joelho tira o zagueiro de um torneio importante. O ortopedista Joaquim Grava que o operou, estima que a recuperação se prolongue por todo o primeiro semestre, sinalizando que Edu só volte às competições oficiais por ocasião do campeonato brasileiro, em meados de agosto.
A fauna de sempre
Figuras carimbadas e garotos em busca de fama e de altos contratos estão inscritos pelos clubes. Mesclados a Rogério Ceni, Rivaldo, Fabão, Danilo, Arouca, Leandro Damião (jogador mais caro do país), Valdivia e Ralf aparecem Ferrugem e Dodô (Ponte), Marcola (Osasco/Audax), Choco (Rio Claro), Arroz (Linense), Pipico (XV de Piracicaba), Piauí (Oeste de Itápolis), Magal e Magrão (Mogi Mirim).
Nós estávamos lá
O jurássico responsável por este espaço teve o privilégio de estar presente a três finais do Paulistão. A primeira foi em 1969, num Morumbi com público superior a 80 mil pessoas. Podendo perder por até dois gols, o Santos de Pelé, Toninho Guerreiro e Edu empatou sem gols com o São Paulo de Roberto Dias. Naquele mesmo sábado, no ginásio de esportes do Palmeiras, realizou-se o concurso para escolha de Miss São Paulo, tendo uma representante de Tupi Paulista entre as finalistas.
Ano seguinte
Em 1970, voltamos ao Morumbi, para acompanhar São Paulo x Corinthians. O confronto acabou se transformando num amistoso de luxo, já que o tricolor conquistara o título por antecipação ao bater o Guarani por 2 a 1, durante a semana. O São Paulo venceu por um a zero, gol do Paraná. Wadih Helou, presidente do Timão, não permitiu que seus atletas colocassem a faixa de campeão nos são-paulinos.
A terceira no Brinco
Em 1988, a final do torneio se deu em Campinas, opondo Guarani e Corinthians. A definição verificou-se apenas na prorrogação, quando o então novato Viola aproveitou um chute torto do volante Wilson Mano e desviou para as redes. As rádios Nova Dracena e Regional transmitiram a decisão. Jaime de Oliveira, este que vos escreve e Vanderlei Valério compuseram a equipe da Nova, enquanto Maurinho Alves e o saudoso Antonio Carlos Malheiros trabalharam pela Regional.
O dono da bola
Naquele domingo de festa corintiana, Vanderlei Valério mostrou sua capacidade como repórter de campo. Ao perceber que Viola, o herói do jogo sentia câimbras e teria que sair, Pezinho acompanhou a maca que conduzia o craque e o entrevistou no vestiário, com primazia. Só depois de 10 ou 15 minutos é que chegaram os representantes das grandes emissoras da capital.
Novas emoções
Com certeza, mesmo sem o brilhantismo de edições anteriores, o Paulistão possui todos os ingredientes para satisfazer o público. Um público que espera o legítimo vencedor seja conhecido no gramado. E não sobre os tapetes de uma sala de tribunal.
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