Após cinco horas, manifestantes ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) encerraram por volta das 9h20 desta sexta-feira (10) um protesto por moradia na zona sul de São Paulo. Mais cedo, eles interditaram os dois sentidos da marginal Pinheiros.
Na marginal, eles escreveram no chão com tinta branca a palavra “moradia”, acompanhada do desenho de uma casa.
Cerca de 6.000 pessoas participaram do protesto, segundo a Polícia Militar. Eles deram início à manifestação por volta das 4h na estrada do M’Boi Mirim, também na zona sul. Eles chegaram a interditar os dois sentidos da marginal Pinheiros durante cerca de 1h30 no começo da manhã de hoje.
Por volta das 9h30, havia 17 km de engarrafamento na zona sul da capital e 60 km em toda a capital paulista, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Os manifestantes são do acampamento Nova Palestina, onde vivem quase 8.000 famílias. A ocupação começou há pouco mais de um mês, com cerca de 2.000 famílias, e quadruplicou.
O terreno de quase 1 milhão de metros quadrados é objeto de conflito com a prefeitura, pois um decreto municipal estabelece que a área deve ser transformada em parque público.
Em página do Facebook, o MTST informa que o protesto é uma resposta às declarações do prefeito Fernando Haddad (PT) contrárias à ocupação conhecida como Nova Palestina. De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes pedem que a prefeitura de São Paulo adquira o terreno onde fica o acampamento. (Com Estadão Conteúdo)