A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), admite que o Campeonato Brasileiro pode ter mais de 20 clubes ou até ser adiado se não houver uma definição do caso Héverton até o dia 20 de fevereiro, data final para publicação da tabela do torneio.
“Existe um risco no campeonato sim. Se nós não tivermos uma decisão até 20 de fevereiro para por uma pá de cal, nós teremos um problema muito sério. Ou não teremos campeonato ou teremos, com mais clubes. Cada um defende seu direito, isso é bonito, é da democracia, nos resta aguardar. A palavra final será do poder judiciário”, disse o advogado da confederação Carlos Miguel Aidar.
O advogado atua em duas frentes: na disputa das liminares contra o rebaixamento da Portuguesa – das três conquistadas pelos torcedores recolocando a Lusa na Série A, uma já foi cassada por Aidar – e no inquérito do Ministério Público que investiga o descumprimento do Estatuto do Torcedor na punição da perda de quatro pontos que levou a Lusa para a Série B.
Aidar participará na próxima segunda-feira, 03, de uma audiência para definir se a CBF aceita um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo MP, o que significa a devolução dos pontos à Lusa. O promotor Roberto Senise Lisboa, responsável pelo inquérito, promete abrir uma ação civil pública caso a CBF não aceite o termo.
“O promotor Senise exagera no enfoque. Não é necessário, ao meu ver, uma ação civil pública”, diz Aidar. A presença do presidente José Maria Marin não está confirmada na audiência do MP.