Tumulto e exaltação marcaram o protesto que centenas de funcionários da Usina Companhia Flórida, antiga Floralco, realizaram na manhã de ontem, 30, em frente à empresa, em Flórida Paulista.
Após demitir ao menos 600 funcionários que estavam com salários e outros direitos trabalhistas atrasados, a usina quer que eles assinem a rescisão contratual por justa causa. Os funcionários se negam a assinar o documento.
Foram necessárias duas viaturas da Polícia Militar e cerca de 10 seguranças particulares para conter os trabalhadores que se concentraram na entrada da usina e impediram a entrada de funcionários internos.
O prefeito Maxsicley Grison e o advogado da Prefeitura, José Luiz Leocádio chegaram minutos depois do início da manifestação, assim como os vereadores Sócrates Adalberto da Costa e Almir José de Souza.
Somente representantes do Sindicato dos Condutores Rurais de Dracena e região, esteve presente, os demais sindicatos que representam o setor da Indústria e dos Trabalhadores Rurais não compareceram.
O presidente do Sindicato, Luis Sapucaia, conversou com os trabalhadores na parte externa da empresa e os orientou na presença do advogado do Sindicato, a não assinar nenhum documento, além do Termo de Homologação que permitirá que eles busquem seus direitos na justiça.
Segundo Sapucaia, a empresa está coagindo os funcionários a assinarem outros documentos como o Termo de Rescisão e o Termo de Quitação da Rescisão. Além dos recibos de pagamento do 13º salário, férias e salário de dezembro, nenhum dos direitos trabalhistas foi pago a todos até o momento. “Só assinem aquilo que vocês receberam, de fato, do contrário, vocês não são obrigados a assinar nada”, orientou o Sindicato.
“Nós estamos aqui para defender o direito de vocês e buscar uma solução para este impasse”, disse o prefeito, doutor Max.
Com intuito de buscar um acordo entre as partes, o prefeito, vereadores, advogado da Prefeitura, Sindicato e cinco trabalhadores se reuniram com a direção da Usina, mas sem sucesso.
De acordo com o Sindicato, somente 20 funcionários aceitaram a rescisão contratual e os demais irão procurar o Poder Judiciário para buscar seus direitos trabalhistas. Na próxima segunda-feira, 3, haverá uma nova reunião para decidir quais medidas os funcionários devem tomar.