Em busca de fontes energéticas para serem utilizadas no processo de queima da produção do setor oleiro-cerâmico, na região oeste do estado de São Paulo, responsáveis pela produção mensal de milhares de peças de tijolos, telhas e lajes, distribuídas para várias regiões do País, a Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp) iniciou na quarta-feira, 22, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a fase de teste com a cana energia, vegetal semelhante ao capim elefante, também em fase de testes.
Atualmente a queima nas indústrias cerâmicas se faz com lenha de eucalipto, mangueira e pó-de-serra, material que além de escasso, tem se tornado caro a cada ano para o setor. A cana energia esta sendo plantada em 12 lotes de 500 metros quadrados, numa área de três hectares, de propriedade da Incoesp que a utiliza como ‘campo experimental’, onde a cana passará por diferentes tratamentos, seja no corte ou na irrigação. Também serão feitas diferentes avaliações para saber o que é melhor em termo de variedade e processo.
“Não é um projeto para comparar apenas as variedades de biomassa, é um projeto que também busca saber como seria esse processamento, que hoje é um desafio para o setor, tanto da produção, quanto para você utilizar na queima. A partir desse plantio, se observará o processo pós-colheita, etapa final do trabalho”, explicou a líder do projeto cana energia, Luciana Gonçalves Chaves Castellani, do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de Piracicaba.
A cana energia é uma variedade registrada a passo de ser comercializada e tem sido a aposta do CTC que a desenvolveu durante oito anos através de intensas pesquisas. O plantio da cana será comparado a outras fontes de biomassa como o capim cameron.
A empresa de pesquisas trabalha em parceria com a Incoesp e o Instituto de Pesquisas de São Paulo (IPT-SP). O instituto de pesquisas do governo do estado de São Paulo é quem fará todas as avaliações pertinentes.