Conforme se esperava, Lúcio rescindiu contrato com o São Paulo, ontem, no primeiro dia útil do ano. O zagueiro, que tinha vínculo até o final de 2014, agora fica livre para acertar com outro clube, que muito provavelmente será o Palmeiras.
Sua última atuação foi em 24 de julho, em derrota para o Internacional, no Morumbi. Depois disso, o técnico Paulo Autuori, antecessor de Muricy Ramalho, comunicou casos de indisciplina do defensor e pediu à diretoria que o afastasse.
Apesar dos relatos negativos, o Palmeiras se mostrou interessado em sua contratação na reta final de temporada. Já havia, a propósito, tentado contratá-lo antes do São Paulo, no fim de 2012, quando Lúcio estava de saída da Juventus, da Itália. O rival, porém, levou vantagem na negociação, sendo mais rápido e oferecendo mais vantagens.
Além de receber um salário de R$ 300 mil, o jogador tinha um complemento em seus vencimentos bancado por uma empresa de cartões de crédito. Embora ele tenha tido que aceitar redução financeira drástica em comparação com o que recebia no futebol europeu, o São Paulo firmou parceria com uma rede de concessionárias para lhe dar um carro importado de sua escolha.
Dentro de campo, no entanto, Lúcio não correspondeu. Mas os principais problemas foram fora dele. Depois de ter sido afastado, Lúcio passou inicialmente a treinar em horários diferentes do elenco. Mais tarde, a diretoria não gostou do fato de ele ter levado um personal trainer ao CT da Barra Funda e o liberou para se cuidar fisicamente fora do clube. Em busca de uma nova equipe, ele continuou fazendo academia particular.
O beque, no entanto, diz ter sido injustiçado no São Paulo e nega as acusações de que fazia mal à “saúde do vestiário”, como dizia Autuori. Mas, ciente de que não teria nova oportunidade com a camisa tricolor, mesmo com a saída do antigo treinador – ao chegar, Muricy Ramalho também não o reintegrou -, ele decidiu procurar um novo time. Que não deve ser muito longe, já que o Palmeiras é vizinho de CT do rival.