A equipe de basquete Unifadra/Dracena, desmembrada desde agosto de 2013, após conquistar a medalha de ouro nos Jogos Regionais, poderá ser reativada em breve. A boa notícia foi dada pelo técnico Camuci Junior; segundo ele, é possível que ainda neste mês a nova equipe comece a ser estruturada.
De acordo com Camuci, o reflexo da boa participação da equipe no Campeonato Paulista e nos Jogos Regionais no último ano, assim como o forte público presente durante as partidas realizadas na cidade fizeram com que o investimento no time fosse projetado para todo o ano de 2014, a diferença de 2013, quando o apoio financeiro fornecido pelo Executivo foi planejado para apenas seis meses, terminando no fim do primeiro semestre.
“O basquete de Dracena se destacou muito, nos Jogos Regionais foi bicampeão, chegando à oitava final consecutiva da competição. Por isto, para este ano, já tivemos um conversa com o prefeito e com o secretário de Esportes, para visualizar uma verba que garanta a sequência ao trabalho durante o ano inteiro”, revela.
Ainda segundo o técnico, a aceitação pública do basquete em Dracena motiva as crianças, outro bom motivo para reativar o time. “No ano passado, tínhamos de 2 a 3 mil pessoas por jogo do nosso time, isto é uma janela para nossos jovens”, complementa.
Entretanto, será preciso agilizar os trabalhos. A reunião técnica da FPB (Federação Paulista de Basquete) que define os encaminhamentos para o Campeonato Paulista 2014 deverá ser em fevereiro, visto que a competição, neste ano de Copa do Mundo, provavelmente será adiantada para ter início em março.
Além disso, como reflexo da boa atuação da equipe, após serem dispensados no ano passado, os atletas foram contratados rapidamente por times de outras localidades do Brasil. Dos 11 jogadores que integraram o elenco, nove foram negociados. “Apenas dois ficaram [Vitor e Jonatan], porque optaram por concluir suas graduações em Educação Física, na Unifadra”, explica.
RELEMBRE – No ano passado, a aceitação à equipe de basquete Unifadra/Dracena foi tamanha que houve, em agosto, uma reunião no gabinete da prefeitura, para debater a continuidade do apoio à equipe no Campeonato Paulista da série A-2, que teria início em setembro. Como o orçamento estava previsto para apenas seis meses, ficou definido que o time pararia por uma temporada, com a possibilidade de retornar em 2014. Um abaixo-assinado liderado pelo estudante de Direito Frank Felipe Trevizan, 17 anos, foi feito, pedindo a permanência da equipe dracenense ao prefeito José Antônio Pedretti. Mesmo assim, o time precisou ser desativado.
ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO ESPORTE – Como instrumento de apoio e investimento no basquete da cidade formou-se a Associação Amigos do Esporte, uma organização sem fins lucrativos que busca leis de incentivo entre outras formas de financiamento que colaborem com a manutenção da equipe. A associação tem Mauro Fumagalli como presidente.
APOIADORES – Outro agente motivador do basquete local é a Unifadra, que entre os benefícios, concede bolsas de estudo aos atletas. A equipe de também recebe apoio de vereadores e empresários da cidade, bem como da Secretaria de Esportes e Prefeitura Municipal.
INVESTIMENTO NA BASE – O técnico da equipe dracenense, Camuci Junior, também acredita que o investimento no esporte deve ser feito desde as categorias de base. “Hoje, é quase impossível contar só com atletas da casa na equipe de Dracena, por isto é preciso estruturar a categoria de base”, defende.
Para isto, além da reestruturação da equipe adulta, está em fase de planejamento um projeto elaborado por Camuci que busca capacitar os profissionais de Educação Física que queiram trabalhar o basquete nas escolas municipais. “Tudo começa na escola e a criança não precisa da técnica da competição, mas da iniciação na modalidade esportiva. A partir disto, poderemos pensar em um núcleo principal, treinando paralelo à equipe adulta”, explica.
Camuci salienta que a Secretaria de Educação do município abriu as portas para que se desenvolva o projeto e, neste primeiro semestre, devem ter início as atividades práticas em aula. “É preciso canalizar todas as energias nas escolas, independente de dar certo ou não o adulto, trabalhar a inclusão. Com experiência de 20 anos no basquete, vejo que onde há o time adulto, há crianças querendo aprender”, reforçou.