A Secretaria Municipal de Obras do Rio de Janeiro publicou na edição desta quinta-feira (30) do “Diário Oficial” uma notificação à Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, para que uma passarela provisória seja reconstruída imediatamente no local da travessia atingida na terça (28) por um caminhão na altura de Pilares, que levou parte da estrutura ao colapso e provocou a mrote de cinco pessoas.
Na quarta-feira (29), moradores relataram que precisam andar cerca de 2 km para conseguir atravessar a pista com segurança após a queda da passarela. Segundo a determinação da secretaria, todos os custos da estrutura provisória devem ser assumidos integralmente pela Lamsa, sem ônus aos cofres municipais.
No acidente de terça, duas pessoas que estavam na passarela no momento da colisão morreram. As outras três vítimas fatais estavam em um Palio e um táxi que ficaram esmagados pela estrutura de metal e concreto que foi derrubada pela caçamba. O motorista do caminhão disse à polícia que sabia da proibição ao tráfego de caminhões no horário em que entrou na via, por volta das 9h15.
No celular
O motorista do caminhão que causou o acidente admitiu que estava ao telefone celular no momento da colisão com a passarela. A informação é do delegado da 44ª DP, Fábio Asty, que tomou o depoimento oficial de Luis Fernando Costa, da empresa Arcos da Aliança.
“Ele admitiu que estava ao telefone desde o momento que entrou na Linha Amarela falando com um colega de empresa cujo filho estava desaparecido”, afirmou o delegado, que ainda pretende confirmar com a operadora de telefone a informação.
“Isso confirma que houve negligência, mas ainda não é suficiente para o indiciamento em homicídios culposos das cinco pessoas que morreram no acidente. Provavelmente ele não viu a caçamba sendo içada porque estava distraído no telefone.”