Estatística divulgada pelo Sistema Estadual de Analise de Dados (Seade) do Governo do Estado de São Paulo, com bases em levantamentos na área da Saúde feitos nos anos de 2011 e 2012, mostra números alarmantes da realidade enfrentada pelo município de Panorama, quando o assunto é o alto índice de gravidez na fase da adolescência de dezenas de meninas inseridas nas mais variadas camadas sociais.
Segundo a estatística, o registro de mães adolescentes com menos de 18 anos é de 12,65% quando a média estadual é de 6,88%. Uma diferença de 5,77%. A taxa de fertilidade por mil mulheres com vida sexual ativa com idade entre 15 e 49 anos é de 64,49% no município, para 51,60% no Estado. Diferença de 12,89% acima da média estadual.
No mais recente levantamento do DataSUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde, feito com base no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, do Ministério da Saúde, mostra que em janeiro deste ano foram contabilizadas 27 gestantes com idade entre 12 a 18 anos incompletos e 49 gestantes com idade entre 18 a 24 anos.
Para minimizar o índice de gravidez das adolescentes, a Secretaria Municipal de Saúde tem direcionado ações de conscientização nas escolas estaduais de Panorama, afirmou o secretário municipal de Saúde, Israel Gumieiro.
O Centro de Saúde mantém três dias na semana, atendimento na Sala da Mulher para gestantes de diversas idades. O espaço é responsável pelo agendamento do pré-natal, solicitação de consultas e orientação dos cuidados na alimentação da gestante.  
As unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) dos bairros Nosso Teto, Marrecas e Potiguara têm organizado palestras com orientações para gestantes.    
Quanto ao trabalho do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), a equipe está realizando a busca ativa das adolescentes gestantes no município, para referenciá-las na EFS e receberem orientação e melhoria da qualidade de vida. Devido à dificuldade de se localizar essas jovens, as oficinas sócioeducativas ainda não começaram.
Nas oficinas, a equipe do Cras promoverá mapeamento para se interar dos problemas vividos dentro da família da jovem atendida.
Segundo a assistente social do Cras, Stéffany Aparecida Garcia Fernandes, muitas dessas garotas grávidas pertencem a famílias envolvidas com alcoolismo e droga, chamadas de grupo de ‘situação de risco e vulnerabilidade social’.