Profissionais da Vigilância Epidemiológica (VE) de Panorama comemoram a aproximação do término de janeiro, sem nenhum registro positivo de pessoas contaminadas pelo mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da dengue, mas estão monitorando e com olhar vigilante nas regiões do município que oferecem sérios riscos de infestação da doença.   

Para a funcionária da Vigilância Epidemiológica, Regiane Rodrigues da Mata, profissional de Informação, Educação e Comunicação (I.E.C), todos os casos suspeitos registrados nesses primeiros dias no ano foi trabalhado com bloqueios próximos as residências dessas pessoas que apresentaram sintomas da doença. “Sabemos que muitos municípios da região estão tendo casos de Dengue, e por Panorama ser uma cidade turística, acaba de certa forma, sendo destino de pessoas a passeios, da mesma forma que estudantes de Panorama vão para cidades da região com transmissões em alta”, disse.
Para conter esse risco de transmissão em massa na cidade, o setor tem feito alerta, assim como a Sucen, enviando ofícios com orientação a empresas privadas e órgãos públicos e buscando informar a população pelos veículos de comunicação. Em 2013, foram registrados 190 casos positivos de dengue na cidade, incluindo importados e autóctones.  
Uma das preocupações dos profissionais na cidade é também a resistência dos moradores em permitir a entrada dos agentes de vetores no interior da residência para vistoriar se a existência de possíveis focos do mosquito. “No momento como esse agente precisa alertar de que o risco esta em cima é uma doença grave e pode matar”, afirmou. Em 2010, um rapaz, de 24 anos morreu em Panorama com complicações da dengue.
Na tabela de classificação de risco de transmissão, Panorama está situado na categoria de ‘alerta’ prestes a ultrapassar o índice de 3,9% das larvas encontradas para tornar-se município de ‘risco’. Índice diferente da realidade apresentada como ‘tolerável’ pelos órgãos de Saúde do Estado que é de 1 % do total de larvas encontradas.
Desde então, a Sucen e a Vigilância Epidemiológica tem feito pesquisa larvária em todas as larvas encontradas para fazer monitoramento num período de três a três meses para obterem uma avaliação, que com base nesse estudo possibilita saber como esta o índice de infestação do mosquito. Todas as larvas coletadas são enviadas para análises laboratoriais para checar se realmente pertence ao mosquito Aedes Aegypti, ou são larvas de pernilongo. O município já registrou o vírus 4 no ano passado.