Expirado prazo de 30 dias estabelecido pela Prefeitura de Paulicéia, à empresa Pentágono Empreendimentos Imobiliários Ltda. para que fizesse obras de melhorias no Residencial Vista Verde, alvo de reclamações de moradores. Nenhuma benfeitoria chegou a sair do ‘papel’ e continua como está, sem água e energia. O município continua trazendo água duas vezes na semana, com o caminhão-pipa que abastece casa a casa. 

O advogado da Prefeitura, Antônio José Rissete, confirmou a reportagem o recebimento da relação de melhorias feitas no residencial. Sem pontuar quais melhorias seriam estas escritas no documento entregue pela empresa ao Departamento Jurídico da Prefeitura, Rissete informou que o engenheiro da administração municipal inspecionaria no mais breve possível, a área do loteamento para checar as melhorias apontadas pela empresa loteadora.
No residencial Vista Verde a realidade é a mesma de antes. No olhar descontente dos moradores como é o caso do aposentado José Maria Pereira, ele pensa em desistir do lugar escolhido para descansar depois de muitos anos trabalhando. “Estou tirando dinheiro da aposentadoria para arcar com pagamento de parcelas mensais de R$ 257, do lote, para ficar nessas condições desumanas. Tem época que não tenho dinheiro se quer para comprar uma lata de óleo”, disse aborrecido.
A duas quadras para baixo da casa de José Maria, a mesma história se repete na reclamação do morador Ismael Fernandes e de sua esposa Vilma de Oliveira Fernandes, moradores de Tupi Paulista e proprietários de um dos primeiros lotes vendidos no residencial inaugurado em novembro de 2011. O casal conta que pela falta de água e energia, a residência está em construção desde a compra do lote. Mostraram também banheiro de lona improvisado e o sistema de captação de água da chuva usado para beber e tomar banho.
Durante a conversa da reportagem do JR com Ismael, João Carlos que é pedreiro na construção e também morador do Vista Verde, afirmou ter ingressado com ação na Justiça obrigando a empresa cumprir com suas obrigações estabelecidas no contrato de compra e venda do terreno. “Os caras deitam e rolam e nada acontece com eles”, disse Carlos.
OUTRO LADO – A reportagem tentou contato telefônico pelos números fornecidos pelo escritório do empreendimento em Paulicéia da empresa Pentágono Empreendimentos Imobiliários Ltda., com escritório em Paulínia (SP), porém ninguém atendeu as ligações realizadas para se posicionar sobre as reclamações ditas pelos moradores.