De casa nova, o Corinthians vai ter mais contas para pagar a partir de agora. Depois de se mudar, a projeção feita internamente é de que o clube tenha de desembolsar cerca de R$ 100 milhões por ano para manter e quitar as dívidas da construção, pelo menos nos próximos doze anos, prazo máximo para o acerto das obras.
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De acordo com informações obtidas pelo ESPN.com.br, os principais pagamentos são divididos em duas partes: o dos débitos com bancos, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e Odebretch, e, do outro lado, o custo de manutenção do estádio, sem contar os dias de jogos, que contarão com o dinheiro de parte da bilheteria.
Com dívidas, o valor anual esperado é de cerca de R$ 65 milhões por ano: aproximadamente R$ 40 milhões com amortização das parcelas do BNDES e R$ 25 milhões dos juros. Lembrando que os outros R$ 420 milhões serão pagos com os CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento), créditos de impostos que serão vendidos no mercado.
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Para manter a arena em funcionamento, segundo pessoas ligadas à obra, o clube terá de desembolsar cerca de R$ 35 milhões por ano, para pagar os serviços, funcionários, seguro e outras despesas. A casa deve receber aproximadamente 40 jogos em 12 meses, mas pode ficar aberta 365 dias, com outros tipos de eventos – os custos dos dias das partidas não entram nesse cálculo; a renda de bilheteria dará conta disso.
Para pagar tudo isso, o Corinthians tem um plano de comercialização de propriedades para honrar os compromissos. Vale lembrar que qualquer receita vinda do estádio vai diretamente para um fundo, comandado pela Odebrecht e pelo Corinthians, que tem o objetivo de administrar os recursos da propriedade.
Do dinheiro que entra ali, o clube tem de, em primeiro lugar, quitar prestações de empréstimos e o custo de manutenção da arena. Depois, tem de separar uma parte para parcelas futuras. Do que sobrar, 50% será, enfim, o rendimento do alvinegro.