O Corpo de Bombeiros divulgou o balanço final dos focos de incêndio do último ano, em comparativo com 2012. Apesar do crescimento de 48% com incidentes em vegetações naturais (pastagens), o balanço final mostrou que houve uma queda de 10,92% nos focos de incêndio de um ano para o outro. Em 2012 foram registrados 284 incêndios. Já em 2013 houve uma queda nos focos, registrando 253.
Os incêndios em residências diminuíram 30,56%; veículos 26,67%. Nas vegetações cultivadas (plantações) também houve uma diminuição de 36%. Ocorrências em objetos fora de edificação caíram mais de 65%. Incêndios diversos (qualquer outro setor que não se qualifica em nenhuma dessas categorias) somaram 190 casos em 2012 contra 162 casos no ano passado.
Incêndios por Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) dentro e fora dos domicílios não foram constatados em 2012. Porém, no ano passado houve um aumento de 20% e 40% respectivamente. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, João Henrique Papoti, a queda nos incêndios e queimadas se deve a melhor distribuição da chuva no ano passado. Ele afirma que em 2012, houve poucos períodos de chuva o que colabora com o aumento dos focos de incêndio. O tenente ainda lembra os dados de 2011, que foram os piores em oito anos também em razão da estiagem.
Neste ano, os dados também geram preocupação. Com altas temperaturas e pouca chuva, somente no mês de janeiro houve sete casos de incêndios em residências; três em GLP dentro de edificação; um em veículo; sete em vegetações naturais; duas em vegetações cultivadas; e quatro incêndios diversos. Papoti observa que os dados do primeiro mês são alarmantes e provavelmente ultrapassarão as ocorrências de incêndio em 2013.
ORIENTAÇÃO – Na zona rural, os incêndios geralmente são causados por produtores que usam fogo para controlar pragas na pastagem, limpar áreas para plantio, renovar pasto e acabam perdendo o controle; ou por problemas na fiação elétrica; incêndio criminoso; combustão espontânea; e motoristas que jogam bitucas de cigarro nas rodovias.
Uma das dicas é fazer o aceiro nos arredores das propriedades, com a retirada da vegetação nos dois lados da cerca numa faixa de dois metros, o que ajuda evitar a propagação de fogo em pastagens; também que os produtores rurais tenham disponíveis abafadores e bomba costal, que auxiliam a combater qualquer princípio de incêndio.
As pessoas podem ser enquadradas em crimes ambientais pelos incêndios, conforme a Lei 9.605/98, artigos 41 e 42, que tratam sobre fogo em matas e florestas; e pela Lei 4.771 do Código Florestal, artigos 26 e 27. (Com informações de Elaine Rodrigues/JR)