A apenas 113 dias do início da Copa-2014, dois terços das cidades-sedes do evento ainda não lançaram concorrências para a contratação de estruturas provisórias para os estádios. São as instalações exigidas pela Fifa para as arenas com itens de tecnologia da informação, estrutura de mídia e patrocinadores, segurança.

Até agora só Fortaleza, Cuiabá, Recife e Curitiba abriram processos de licitações para essas estruturas, segundo o COL (Comitê Organizador Local). As concorrências são necessárias porque os gastos atingiram em média R$ 42 milhões por sede na Copa das Confederações.

Em geral, os processos de contratações públicos desse tipo demoram cerca de dois meses se forem feitos com o andamento normal. As instalações provisórias até sobem rápido, mas cada vez o tempo fica mais reduzido para testa-las.

Para a Copa-2014, os atrasos ocorrem por vários fatores: ação judicial que questiona esses gastos serem públicos, falta de definição do que será utilizado, estádios ainda não prontos e disputas entre clubes e autoridades públicas em relação as responsabilidades de cada um nas instalações.

São os casos de Porto Alegre e São Paulo onde há discussões entre municípios e Internacional e Corinthians, respectivamente. A cidade gaúcha é pressionada a definir seu plano até esta quinta-feira.

“Estamos definindo até o final do mês (fevereiro) o nosso modelo. Não queremos gastar com instalações temporárias. Nosso objetivo é botar cabos e outros itens de TI em sedes do governo fixas que terão isso como legado”, justificou o coordenador de Copa para Manaus, Miguel Capobiango. Ele disse que pode fazer uma concorrência mais simples, que seria mais rápida.

 

A Arena Amazônia é um dos quatro estádios que ainda não estão prontos. Isso dificulta o plano para as provisórias. É o caso da Arena da Baixada em que as instalações terão de ser colocadas de forma simultânea ao final das obras.

“Nenhum estádio está pronto só com a obra pronta. Os requerimentos de mídia são incomparáveis em relação à Copa. Não faríamos de forma definitiva essa instalações porque seria gastar dinheiro com o que não seria usado depois”, justificou o diretor do COL, Ricardo Trade.

Detalhe: as estruturas temporárias mais complexas são as de São Paulo e do Rio de Janeiro, em que haverá abertura e final. Não houve licitação para ambas até agora.