O duelo mais aguardado das oitavas de final da Liga dos Campeões nesta terça-feira, 18, opõe duas equipes que levam ao extremo duas formas bem diferentes de montar seus elencos. De um lado, o Manchester City, que há anos gasta milhões para se reforçar com atletas de todos os cantos do mundo. Do outro, o Barcelona, notável formador de jogadores, que tenta garimpar talentos em suas divisões de base – a famosa cantera – e se reforça com moderação. 

Os números não deixam qualquer dúvida sobre a diferença na política das duas equipes. Para montar seu elenco atual, o Manchester City gastou 435 milhões de euros (cerca de R$ 1,4 bilhão). O Barcelona investiu pouco mais da metade: 220 milhões de euros (R$ 720 milhões).
Mas não são só os valores das transferências e a disparidade dos valores que impressionam. Outra diferença marcante é que o clube inglês pagou por 21 dos 24 jogadores de seu atual elenco. Apenas o goleiro Wright, que chegou de graça, e os defensores Boyata e Micah Richards, revelados no clube, não custaram nada. Todos eles são reservas.
No Barcelona, a história é bem diferente. Dos 25 jogadores do elenco, apenas nove custaram aos cofres do clube catalão. Um número que poderia ser ainda menor, já que Jordi Alba, Fábregas e Piqué começaram nas canteras do Barça, mas saíram e foram recontratados anos depois. Entre os jogadores pelos quais o Barcelona não teve de pagar um centavo estão o goleiro Victor Valdés, os meio-campistas Busquets, Xavi e Iniesta, e o craque Lionel Messi. A espinha dorsal do time saiu “de graça”. A contratação mais cara foi Neymar.
O clube inglês não fez nenhuma contratação no valor do brasileiro – o mais caro foi o argentino Kun Aguero, que custou 45 milhões de euros, e não jogará nesta terça-feira devido a uma lesão. Mas, ainda assim, o City investiu pesado em jogadores que não ocupam posição de destaque, como os meio-campistas James Milner (22 milhões de euros), Javi Garcia (20,2 milhões de euros) e Jack Rodwell (15 milhões). City e Barcelona se enfrentam hoje, às 16h45, no Etihad Stadium em Manchester.