Na noite de quinta-feira, 5, no anfiteatro Ramez Tebet, em Brasilândia, mais de 100 pessoas participaram do curso “Educação Ambiental Humanitária em Bem Estar Animal”, apresentado pela capacitadora Elizabeth Suzanne Mac Gregor. A ação foi promovida pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a ONG Ame Vida, de Três Lagoas.
Com duração de aproximadamente quatro horas, a capacitação visou instruir os participantes sobre a importância da Educação Humanitária em defesa dos animais. O evento contou com a participação da maioria dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme).
Um dos temas abordados pela capacitadora foi a cinco liberdades do animal. “Eles tem que estar livres de fome e sede, de dor e doenças, do desconforto, do medo e estresse e se sentirem livres para expressar o comportamento natural”, explicou.
Além disso, enfatizou os problemas do bem estar animal. “Nós queremos ver o ser humano com um bom relacionamento, alimentando adequadamente o seu animal, com amor e carinho e não com negligência e maus tratos”, disse.
Elizabeth lembrou também da forma que são tratados os animais que vivem na natureza. “Os animais silvestres sofrem tráfico, são tratados como animais domésticos, presos em zoológicos e são caçados. Há um impacto ambiental sobre animais retirados de seu habitat natural e colocados em cativeiros”, salientou.
Outra questão que a geógrafa ressaltou foi sobre animais utilizados para o trabalho e entretenimento. “Os cavalos que são utilizados para as carroças puxam um peso muito elevado, com trabalhos ininterruptos e má alimentação. Em dez estados do Brasil, inclusive em Mato Grosso do Sul, é proibido o uso de animais em circo. O rodeio, as vaquejadas e as provas de laços já foram extintas em vários lugares do país”, pontuou.
E, para alertar os presentes, Elizabeth disse que a iniciativa que pode diminuir a violência e o mau trato aos animais é a educação humanitária. “A criança e o adolescente aos quais é permitida a violência contra o animal, pode, facilmente, fazer isso também com o ser humano. Para mudar esta situação, é preciso trabalhar com a educação humanitária, para criarmos jovens com consciência e a responsabilidade social, para se tornarem melhores cidadãos para o futuro”, encerrou.
Beto Araújo, vereador de Três Lagoas e presidente da ONG Ame Vida, informou que Brasilândia é o segundo município de Mato Grosso do Sul a receber este tipo de capacitação e a tendência é levar esta orientação a outros municípios do estado. “Esta orientação já foi feita em vários lugares do país e ficamos felizes com a recepção vinda por parte do público aqui presente. A nossa intenção é levar este conhecimento a outros lugares”, disse.