O recesso da Câmara de Adamantina terminou na última segunda-feira, 3, com a primeira sessão ordinária do ano. A sessão foi marcada por críticas que o vereador Luiz Carlos Galvão fez à administração municipal, com relação à troca de secretariado anunciada pelo Poder Executivo, no mês de janeiro.
O prefeito Ivo Santos fez uma inversão de pastas. O secretário municipal Paulo Marcos Rodrigues de Souza que era responsável pelas Finanças, foi transferido para a Secretaria de Administração, que era de responsabilidade de Neivaldo Marcos Dias de Moraes, que agora assume a Secretaria de Finanças.
Galvão elogiou o antigo secretário de Finanças, Paulo e criticou o atual, Neivaldo, que segundo ele, tem faltado à Secretaria. “O ‘rapaz’ que está aí faltou seis dias. O 3º andar ficou sem secretário de Finanças”, disse. O vereador chegou a classificar a troca como ‘ideia desastrada’. “Porque tiraram o Paulo? Porque era probo demais? Porque trabalhava demais? Porque era íntegro demais? Porque ninguém nunca levantou uma única denúncia de corrupção? O Paulo agora está desolado”, questionou o vereador.
Além da crítica, Galvão também ligou o nome da secretária de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Maria Cristina Dias, à referida substituição. “Aí me perguntam, onde está o secretário de Finanças? Não está! Estava vendo, já que é sócio da senhora Cristina, trabalhando por objetivos particulares, subsidiando firmas de várias cidades do estado de São Paulo. Me pergunto: Quando o secretário de Finanças não está, quem responde? É obrigado a ter uma portaria indicando”, enfatizou.
Ainda se referindo à secretária de Assuntos Jurídicos, o vereador prossegue: “Tudo por influência da factótum (em latim, factótum é aquele que faz tudo). Quando tem reunião às segundas-feiras ela fala duas horas, doutora Maria Cristina Dias. Dá palpite no prefeito, dá palpite no 2º [andar], no 3º [andar]…”. E continuo “Eu quero a volta imediata do Paulo, homem íntegro e probo, no 3º andar! A cidade inteira quer!”, afirmou Galvão de forma exaltada durante a sessão.
O vereador alega que seu posicionamento não tem relação pessoal com Neivaldo. “Nada contra a pessoa. Mas não pode administrar R$ 73 milhões sem aparecer. Isto perde a moral diante do pessoal”, finalizou.
A reportagem procurou a secretária de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Maria Cristina Dias, para obter um posicionamento dela com relação ao discurso do vereador.
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a decisão de trocar os secretários foi “única e exclusiva do senhor Prefeito” e não da secretária de Assuntos Jurídicos, como supôs o vereador.
“O secretário Paulo foi devidamente informado pelo senhor prefeito, como ele costuma fazer com todos os secretários, da referida decisão e aceitou a alteração sem nenhuma objeção”, disse.
Quanto à crítica do vereador sobre a participação efetiva dela nas reuniões semanais, Maria Cristina afirmou que a Secretaria de Assuntos Jurídicos é uma Secretaria que dá suporte as demais: “Por via de consequência, é a Secretaria que fornece orientações legais as outras e emite pareceres jurídico-técnicos, posto ser esta a minha principal função, uma vez que o cargo de procuradora do município assim o exige. Participo apenas em assuntos que são de minha competência”, finalizou a nota.